16 março 2012

"Os Caçadores"- Capitulo 8 "Culpa".


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8.Culpa


“O destino é o que baralha as cartas, mas nós somos os que jogamos.”

Parei meu  carro em frente a casa de Walter, fiquei paralisada tentando  organizar as ideias. Até aquele momento eu não tinha perguntado nada sobre a morte de George, imaginava que as respostas viriam com o tempo, só que agora eu precisava saber.
-Como assim? Como responsável?
Antes de Andry abrir a boca Antony já estava perto carro.
-Você não sabe ainda como ele morreu?
-Não, agora termine o que começou.
-Não é minha responsabilidade.  -Andry abriu a porta e saiu rápido, tentando fugir dom assunto. –
-Tony, quanto tempo mano!!
Abri a porta nervosa e a bati, e fui atrás dele.
-Você não vai mesmo me falar mais nada? É Assim você começa um assunto e não termina?
-Do que ela está falando Andy? _ Antony o encarou –
-Nada, eu só não sabia que vocês não contaram de como George morreu, e entrei no assunto.
-E o que você disse exatamente? – Antony perguntou._
-O que ele disse? Isso não importa, eu quero saberá verdade e agora.
-Nervosinha ela? Deve estar dando trabalho! – Andry ainda brincava com a situação. –
-Ela é sim, mas não esta sendo tão difícil como você. – Antony também não. -
-Vocês dois vão parar de gracinha e me contar a verdade?
- NÃO!!!! –Sr Walter saiu interrompendo._ Isso não cabe a eles, eu conto, venha Melissa entre, e você Andy vá tomar um banho trocar essas roupas, depois iremos jantar.
Passei pelos dois e fui ate a casa, Sr Walter fez um sinal para entrar, eu o acompanhei ate o escritório ele fechou a porta.
-Sente-se, a História é um pouco longa.
Sentei-me em uma poltrona perto da janela, Sr Walter ficou olhando para fora, como se não quisesse me encarar.
-Então é verdade o que Andry disse? O Sr é responsável pela morte de George?
-Veja bem minha querida, Andy, é um rapaz rebelde e tira suas próprias conclusões com certas situações, entretanto nesse caso ele tem razão, se não fosse por minha negligencia seu pai estaria conosco ainda.
-Como negligencia?
-Eu não cumpri meu trabalho de guardião como deveria, começando por me apaixonar por Alacya, não foi sua beleza externa que realmente era magnifica, mas sua pureza de coração que me encantarão, em pouco tempo estávamos apaixonados e eu mal sabia o que poderia causar isso, sabia de complicações, sem imaginar que colocaria tantas vidas em jogo.
-O que aconteceu Walter?
-Eu cometi muitos erros, quando casamos Tamyres mãe de Alacya declarou guerra, ela não se conformava com o que aconteceu, Alacya era tão poderosa quanto ela e deixou tudo para traz com sua escolha, com a gravidez ouve uma trégua, Tamyres nos procurou e queria um acordo, que se Alacya estivesse esperando uma menina, eu deveria deixa-la conviver com as Bruxas e deixar ela escolher que vida queria. Eu sabia o que ela queria realmente, imaginou que sendo um caçador uma filha minha seria uma bruxa muito mais poderosa que todas, mas como Alacya amava muito a mãe e não renegava sua origem me convenceu a concordar. Quando soubemos que eram meninos gêmeos tentamos esconder, mas nunca tente esconder nada de uma bruxa determinada, é obvio que ela descobriu e sua ira ficou maior ao visitar-nos e ver o estado de Alacya.
-Alacya ficou muito mal?
-Sim, Melissa há muito na natureza das bruxas que se é desconhecido, contudo isso é um fato, quando engravidam fora do acampamento e da proteção do clã, elas enfraquecem e pelo fato de serem gêmeos, e caçadores, eles sugavam mais de sua magia, a magia da juventude.
-Magia da juventude?
-Claro que só se deve a Magia elas conseguir ser Jovens por tanto tempo. E na falta da Magia, a juventude acaba, e a cada dia eu vi minha Alacya envelhecer e morrer.
-E meu pai, aonde entra?
-Nós Melissa como caçadores guardiões temos uma defesa contra certos seres místicos que vocês os supremos não tem, mas é nossa  função servir de escudo para vocês,  os protegemos contra os poderes feitiços ou qualquer coisa que os deixe vulneráveis em uma luta ou batalha. E eu falhei.
Walter olhava ainda ao longe, como se buscasse as lembranças mais dolorosas de sua mente, em seus olhos percebi que se formavam  lagrimas.
-Seu pai e eu éramos mais que meros guardiões, éramos amigos, inseparáveis,  casamos praticamente juntos ele amava Jeane com paixão, e estávamos todos muito felizes, eu apesar de tudo até ali agradecia pelo presente de ter encontrado o amor, quando Alacya deu a luz sua mãe viu seu estado, ficou muito irritada, eu não quis me afastar dela sequer um minuto e nem me dei ao trabalho de ler na mente daquela bruxa seu plano.
-Que plano?
-Ela se aproveitou do fato de estarmos vulneráveis, e quis me dar o troco, tirar o que era mais precioso, ela não conseguiria tocar nos meninos por serem guardiões, e sabia de minha amizade ser muito importante, ela transferiu esse ódio para os caçadores e jurou acabar conosco, começando por George, como eu estava em casa com Alacya ela confundiu a mente de George o guiando para a floresta, sua mãe foi atrás tentando fazê-lo  escutar, era inútil, ele nada ouvia e quando ele estava longe o bastante ela o matou, sua mãe viu tudo, e como você estava no seu ventre por um momento de adrenalina ou desespero, ela consegui correr o bastante até chegar a mim e estar segura da bruxa, e me pedir ajuda
O resto você já sabe eu ajudei a chegar a seus pais adotivos
-Walter não se culpe. – Eu levantei e fui ao seu lado.- você não foi negligente, só pensou em suas prioridades, e naquele momento era sua esposa.
-Você não entende, Melissa, esta é nossa vida, não podemos nos dar o luxo de uma vida pessoal atrapalhar que qualquer deslize algo sai errado.
-Não diga uma coisa destas. – percebi que chorava também. -
-Querida, é assim e não posso mudar, eu só sinto de meu filho não entender como você. – ele me abraçou.
-Só de tempo ao tempo, eu também não aceitei bem as coisas no começo lembra, agora estou aqui, Andry é homem e os homens tendem a ser mais devagar que as mulheres. -Walter riu de minha lógica.
-Então vamos almoçar menina.
Sentamo-nos á mesa Andry chegou depois de cabelos molhados não contive e olhei para ele por mais tempo que o necessário.
-Que foi? –Andry perguntou percebendo que eu o encarava. - fiquei vermelha e abaixei a cabeça.
-Nada, só acho incrível, vocês são iguais, quer dizer como faço para não confundir. Ri de minha piada sem graça sozinha.
- não somos não, Tony é mais baixinho.
-Só 45 cm. E você é mais gordo
-Não sou mais, eu agora malho.
- Meninos, não é hora para isso,temos visita e é uma moça,se comportem.
Eu ri de como era tudo tão simples e natural, como por algumas horas pudemos esquecer-nos de toda esta história de caçador de bruxas de lua cheia, mas ai Antony me puxou para a realidade.
Após o jantar ele ma chamou.
-Melissa, precisamos fazer a ronda.
-Pensei que eu merecia uma folga.
-Não se há folga quando temos um perigo rondando.
Andry escutou a conversa e tentou entrar no assunto:
-Que perigo?
-Há, agora você quer saber!? Desde quando você se interessa?
-eu não me interesso, é só curiosidade, será que a mocinha aguenta?? – ele falou isso me encarando de lado com um sorriso torto, seria lindo se não tivesse duvidando de minha capacidade. –
-Mocinha?? O que você quer dizer com isso?
-è que está tudo errado, a milênios os caçadores supremos são homens e agora você, não sei não, acho que o futuro da humanidade esá em risco. – ele continuava com aquele ar de deboche. –
-Vamos parar de discussão, Andy, você fique quieto, Melissa é incrível até para uma garota.
-Há THÀ!!!! Agora os dois vão discutir a capacidade de uma mulher, saibam vocês que as mulheres fazem tudo e até mais que um homem, vamos Antony antes que vocês falem mais asneira.
Durante a Ronda que fazíamos eu perguntei para Antony sobre seu irmão e ele com um olhar de tristeza me contou que Andry nunca quis esta vida,que ele não queria ser um caçador, e por isso sempre ficava longe.
-Man Antony, se pode desistir assim?
-è muito complicado principalmente em nosso caso, quando nascemos, foi como se dividissem um guardião ao meio.
-Como assim?
-veja bem, nós se protegemos contra o místico.
-sei seu pai meio que contou isso, você comentou algo e nos livros que lemos também explicava.
-Então entenda, é algo raro e até único que aconteceu conosco, meu pai não sabe se é o fato de sermos filhos de uma bruxa, ele só sabe que nenhum de nos dois é completo, eu sou um escudo fiquei com esse poder da proteção e até leio as mentes das criaturas mas só se elas deixarem, como se pensassem alto, já Andy ele ficou com os sonhos.
-Como assim?
-Com os sonhos conseguimos saber de algo muito perigoso,  e Andy também pode ler as mentes das criaturas, mas como eu somente quando pensam alto.
-E como fica se ele não quer?
-Andy acha que aparte dele não é importante, contudo sem os sonhos não podemos prever situações que podem ser evitadas.
-No caso desses desaparecimentos, será que ele já sonhou algo?
-Andy está longe a tempos, ele não faz questão de que tenha estes sonhos assim fica difícil, pois como você precisa de treinamento para lutar nós também precisamos treinar e se concentrar em nossos poderes.
-Seria bom saber algo, assim agente saberia o que esperar.
A ronda foi calma e pela manha Andy foi casa e eu fui para minha, a lua cheia estava chegando e eu estava começando a ficar preocupada, eu não tinha a menor ideia do que estávamos procurando, só sabia que se eu não fizesse nada outra menina iria desaparecer isto me deixou muito mal.
A lua cheia chegou, Antony e eu continuávamos o treinamento e  as rondas, uma manha eu não consegui dormir estava preocupada de mais com que poderia acontecer esta noite, foi quando alguém bateu em minha porta.
-Oi, desculpa incomodar, mas há algo que tenho que te contar antes que eu enlouqueça.
-Andry? Entre.
Andy estava muito nervoso e preocupado.
-Sente, o que foi você está bem?
-Não Melissa, eu nunca estou bem, essa maldição que temos em nossas vidas não sei como conseguiu aceitar tudo tão na boa?
Andry estava transtornado.
-Calma o que exatamente você veio fazer aqui?
- Melissa, quando te vi na livraria eu sabia quem você era porque já vejo você a tempos.
-Como?
-esses malditos sonhos, a mais ou menos um ano eles começaram, eu achei que estando longe de tudo eu não teria essa maldição, mas estava enganado, eles vieram com tamanha força, eu chegava achar que estava louco, toda noite lá estava você em meus sonhos me pedindo ajuda.
E agora a mais ou menos seis meses, eu vejo algo pior.
Eu fiquei calada esperando ele continuar, mas ele estava com as mãos em seu rosto como ficasse envergonhado do que iria falar.
-Fala logo, o que é pior?
-Eu vejo você morrendo, e em meus sonhos eu acordo com sentimento de culpa, como se eu pudesse ter evitado, eu saio à noite, bebo, tento deixar minha mente longe, só que tudo em vão eu continuo vendo você ali morta, e continuo com a culpa. E há um mês eu vi, vi o que causaria sua morte, tantos anos evitando o que eu sou, e agora essa maldição me  trouxe aqui.
Eu fiquei perplexa,se já era ruim eu estar preocupada com as meninas desaparecidas, agora eu teria que me preocupar com minha morte.
-E que vai me matar?
-A tal bruxa, Mãe de minha mãe.
-Sua Avó, você quer dizer.
-Não ouse dizer que sou neto de um monstro, olha Melissa eu fugi minha vida toda desta maldição que é minha vida, mas vejo que é inútil, vejo que isto vai me perseguir o resto da vida, então eu tomei uma decisão, eu tenho uma necessidade de te proteger, e se este é o meu carma, eu o pagarei, eu vou ser um caçador guardião com vocês.
Andry falou isto cuspindo as palavras, quando eu já estava perplexa com tudo que ele me contava, ele se levantou e continuou.
-Sei que está cansada, mas temos que falar com Tony, eu também já sei o que está atrás das garotas, e sei aonde ele estará esta noite.

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