28 janeiro 2013

CTM- Cap 12- New Life Anastácia Steel


CTM Cap 12
New Life Anastácia Steel
Passei duas semanas andando de carro, dormindo em paradas de caminhões, minha coluna pedia uma cama, estava no estado do Arizona e ate o momento nenhuma noticia minha estava pelos rádios ou TV, Cristian devia estar gastando seus próprios recursos a minha procura o escândalo de colocar a imprensa e a policia no caso poderia ser ruim, ou ele achava que eu voltaria para ele correndo?
Isso pouco importava, o que eu queria era um banho e uma cama, estava na estrada e avistei a placa “Oro Valley, Arizona, 10 km”

Cidade pequena e pouco visada, segui com a esperança de encontrar um lugar para ficar por um tempo razoável, ao chegar as mediações da cidade de cara gostei de tudo, era calma e tranquila, sem muitas pessoas andando pelas ruas.
Avistei uma pequena pensão, e não pensei duas vezes a parar ali.
_Bom dia.
_Bom dia garota, seja bem vinda deseja um quarto?
_Sim, por favor.
_Seu nome?
Antes de falar besteira parei e pensei, respirei, era a primeira vez que ia me apresentar formalmente com minha nova identidade.
_Anastácia Steel, mas pode me chamar de Ana.
_São 20 dólares à noite.
_Vou ficar um tempo razoável.
_Muito bem Ana, você fica no quarto 10, é só subir as escadas é no fim do corredor, quanto tempo pretende ficar?
_Depende ate encontrar um emprego.
_Pretende ficar na cidade?
_Sim.
_Bem sou a senhora Stanley, geralmente quem fica aqui na recepção é minha filha Jessica, vai conhecer ela e quanto ao trabalho, na esquina tem o restaurante dos Weber que estava precisando de garçonete.
_Obrigado, agora vou tomar um banho e descansar da viajem depois verei isto.
Subi ate meu agora quarto, era bem aconchegante, as pessoas de cidade pequena possuíam uma vantagem, elas eram receptivas, mas sei que podem ser desagradáveis às vezes teria de bolar uma boa história para que não houvesse falatório sobre mim, e não acabasse virando noticia da cidade.
  Entrei no banho quente e depois de tomar banhos somente em banheiros de postos de gasolina ou motéis de quinta categoria, estava no céu, deixei a agua retirar a tensão dos dias dirigindo.
Deitei na cama após colocar um vestido de malha, o calor era muito grande, liguei o ventilador e acabei adormecendo.
Acho que dormi o dia e anoite, pois quando acordei estava de madrugada, aproveitei para terminar de retirar minhas coisas da mala, e acabei dormindo novamente.
Pela manhã, desci e o cheiro do café era convidativo.
_Você deve ser Ana, sou Jessica minha mãe falo de você, mas não te vi mais depois que entrou no quarto.
_Estava cansada de mais da viagem, mas hoje estou bem revigorada acho que vou o emprego que sua mãe comentou.
_Junte-se a nos no café.
Não pude recusar o cheiro de panquecas recém feitas estava me matando.
_Então Anastácia o que a traz a nossa cidade?
Agora era hora do teatro, teria de ser bem convincente, pois esta seria minha nova história.
_Bem, eu estava em busca de um lugar novo, depois da morte de meus pais resolvi que uma cidade pequena seria muito bom para esquecer tudo e começar minha vida.
_O que exatamente você faz?
_Bem... _ainda não tinha bolado uma historia em minha cabeça então falava o que me vinha à mente, o que teria que gravar a partir de agora._ Fiz faculdade de literatura- Achei melhor não mentir nesta parte._ mas não me sinto a vontade em trabalhar em editoras, então pensei que estando em uma cidade pequena poderia escrever um livro este é meu sonho, minha mãe disse que temos que lutar por nossos sonhos.
Aproveitei que parte da história não era mentira, como dizem a melhor mentira é aquela que conta meias verdades.
_Que legal nunca conheci ninguém que seria escritor, quem sabe não escreve mesmo um livro, e ai deixa a cidade conhecida, aqui é muito calmo._ Jessica falava com empolgação.
_Jessica não reclame, as cidades grandes não são tão boas._A senhora Stanley retrucava a menina, Jessica parecia aquelas garotas que cresciam em meio aos limites das cidades pequenas, mas estavam aflitas para ir embora.
Depois do café, Jessica me levou até o Restaurante dos Weber, lá uma garota simpática nos recepcionou.
_Olá Jess!
_Oi Ang, esta aqui é a Ana, ela esta atrás de trabalho e minha mãe disse que vocês estão precisando de alguém.
_Sim, prazer Ana - Ela me estendeu a mão, Ângela era uma garota simpática e bem educada, diferente de Jessica ela se mostrava mais uma garota do interior, seus cabelos estavam em um rabo de cavalo, e usava um uniforme de garçonete.
_Prazer Angela.
_Pode me chamar de Ang.
_Eu sou Anastácia Steel, mas pode me chamar de Ana.
Rimos juntas e eu notei como estava sendo fácil pronunciar meu novo nome, as palavras saiam tranquilas de meus lábios.
Ângela me levou ate o escritório de sua mãe que ficava ao fundo do restaurante, percebi que dava acesso a casa delas, mostrando que tudo ali era coisa de família.
_Mão, com licença, esta é Anastácia, ela é nova na cidade e veio atrás de trabalho.
_Graças a Deus alguém, venha sente-se.
_Olá - encarei a mulher que estava atolada de trabalho e de papeis, seus cabelos estavam mal arrumados mostrando que não ligava para aparência, e que estava ali há horas em contas.
_Bem querida, você é de onde?
Teria de mentir novamente.
_Vim de Phoenix a capital.
_Garota e o que te fez vir para este fim de mundo?
_Bem, eu queria sossego e tenho vontade de escrever um livro, nada melhor que uma cidade pequena.
_Bem, já que você parece disposta a trabalhar, vamos ao que interessa, coitada da Ângela não vence tudo, e sinto um pesar de estará a privando de viver por conta do restaurante, mas depois da morte de meu marido querida, somos somente nós duas e o restaurante é nosso sustento.
_Entendo.
Depois de mostrara todo o trabalho, que era muito por sinal, a Senhora Weber perguntou se eu poderia começar o quanto antes, prontamente aceitei.
(Seis meses depois.)

Cidades pequenas é uma maravilha para quem quer esconder-se, em seis meses eu estava em casa, a senhora Stanley fez um acordo comigo, como não fazia sentido eu estar pagando por noite e não teria menor sentido ainda eu alugar uma casa grande visto que eu era sozinha, ela me ofereceu um pagamento mensal, agora eu morava na pensão.
No restaurante, ajudei a senhora Weber com suas finanças, ela estava perdida, fiz ela comprar computadores e organizar todas as planilhas de compra e venda, ela ficou tão contente com meu trabalho que agora era a gerente do restaurante, sempre gostei de cozinhar, então trabalhar ali me fez pegar um gosto maior por todo aquele trabalho.
Ângela e Jessica tornaram-se minhas amigas, o que era hilário, antes éramos três loiras Rose, Kate e eu, agora éramos as três morenas.
_Ana vamos.
_Calma Ângela, falta algumas coisas na mala, e pronto.
Carreguei o carro e estávamos indo rumo a feira de alimentos em uma cidade vizinha, depois de seis meses sem ter noticias mais sobre meu desaparecimento, estava um pouco mais tranqüila, decidi acompanhar Ângela nesta feira e fazer alguns cursos de culinária, seria uma semana.
_Jessica vamos!- Chamei Jess assim que passei pela cozinha da pensão, Jesse iria nos acompanhar somente para sair um pouco de Oro Valle.
_Vamos - Jess pulou dentro do carro e logo estávamos na estrada.
A cidade era mais próxima da capital, meus medos invadiam meu ser, no entanto não imaginaria como iriam me encontrar ali.
A cidade estava agitada com a chegada de várias pessoas para a feira, Jess estava animada com o movimento.
Decidi que estando longe poderia arriscar uma ligação, estava com muitas saudades de Jake principalmente.
Fui ate um telefone publico.
_Ana onde vai? Jess perguntou.
_Vou ao telefone.
_Publico?
_Sim meu celular acabou a bateria.
_Use o meu.
_Não dá, deixe, eu vou fazer um interurbano.
_Que novidade, em seis meses nunca te vi falar com ninguém.
_É que vou tentar falar com um amigo meu.
Queria me desvencilhar dela rápido, estava com pressa e não queria prolongar o assunto.
Cheguei a cabine parei por um instante, pensando se estava fazendo a coisa certa, meu coração quase pulava pela boca, pensei se Cristian estaria vigiando Jacob, mas seria loucura ele chegar a tanto, escutas telefônicas e tais coisas pareciam coisas irreais de mais ate mesmo para a loucura de Cristian, seriam coisas de filme.
Entrei na cabine e disquei o código de área e em seguida o numero que não me esqueci mesmo depois de meses.
O primeiro toque soou, meu coração estava na garganta, o segundo toque, e estava aponto de desistir desta loucura, quando uma voz familiar me fez saltar na cabine.
“Alo”
_Jake!
“Bella”
_Shii esqueceu, é a Ana.
“Sim claro!” rimos juntos, e meus olhos encheram-se de lagrimas de ouvir aquela voz, aquele sorriso, imaginei como o rosto dele estaria, suas covinhas formando em volta de seus lábios, e seus dentes brancos largos ali, meu amigo e irmão, nem mesmo a prisão que Cristian impunha não me deixava longe dele.
_Como esta tudo?
“Eu é que pergunto, porque ligou?”
_Como Jake? Por saudades oras.- meu sorriso se tornou tenso, a voz de Jacob ficou fria.
“Bella desculpe, estou preocupado sabe.”
_Não fique assim estou bem e estou ligando de outra cidade próxima de onde estou, eu estou em...
“Não diga nada, não preciso saber onde esta, e não fale nesta linha não é seguro”
_Como?
“É complicado Ana, espere um pouco já te retorno neste numero que você me ligou.”
Jacob não se despediu, somente desligou, coloquei o telefone no gancho tentando entender as palavras “Esta linha não é segura.”, quando tentava imaginar o que significava, o telefone publico tocou atendi no primeiro toque.
_Alo.
“Ana, vou continuar a te chamar assim ta, mesmo no celular novo do José não confio.”
_Jacob dá para me explicar o que esta acontecendo?
“Acontece que o senhor Grey é mais louco do que imaginávamos, ele não deu queixa para policia e ainda espalhou que você esta em uma viagem, ele não desiste, José descobriu grampos em nossos telefones, eu nem pude denunciar por medo que levasse a você, saiba que estou muito feliz em saber de você e que esta bem, mas não ligue mais, não quero que aquele louco te ache, e só deus sabe o que ele fará, sabia que tinha razão ele não presta.”
Jacob falou as pressas e nervoso, percebi que fora um erro aquela ligação.
_Desculpe Jake, não queria trazer problemas para vocês.
“Entenda é para seu bem mesmo querida, Jose eliminou as escutas e grampos, mas ainda sei que sou seguido, então trocamos de celular sempre, mas todo cuidado é pouco, eu te disse aquele homem é louco, mas disse estar ligando de outro lugar, isto pode ser seguro, como anda amiga.”
_Muito bem arrumei um trabalho, sou gerente de restaurante...
“Menos informação.”
_Desculpe, mas enfim estou muito bem vida nova, obrigado Jake sem você nada disto seria concreto.
“Por nada amiga, bem acho melhor desligar, te desejo muita felicidade.”
Desliguei o telefone com relutância, mas sabia que era necessário.
Voltei para o quarto do hotel que estávamos, e decidimos sair para um coquetel que a feira estava promovendo.
A semana de feira foi maravilhosa, mas sabia que ao voltarmos encontraria muita coisa para fazer no restaurante.
O ultimo dia de feira trazia um jantar com as premiações, e para nossa sorte uma loja de vestidos tinha exatamente o que precisávamos.
_Lindo este Jessica.
_Amei este mesmo me deixa com peitos grandes.
Rimos juntas da futilidade de nossa amiga, ela provava um vestido rosa que tinha um decote enorme.
Ângela provou um amarelo, com pedras, mas o valor não era muito acessível, eu vivia bem com meu salário do restaurante, ele pagava a pensão em que vivia, minha alimentação e necessidades básicas, mas ainda tinha uma boa continha guardada da minha fuga, então decidi presentear minha nova amiga.
Eu achei um vestido vermelho, que era decotado nas costas, e estendia uma calda, ficou perfeito, e como não ia a muitos eventos decidi que teria de aproveitara oportunidade.
Saímos felizes, e nos arrumamos no hotel mesmo, uma fez o cabelo da outra, decidi por um batom vermelho e não destaquei muito os olhos.
Fomos ao coquetel de encerramento da feira gastronômica.
A festa estava bem elegante, mesmo sendo um evento pequeno foi bem organizado, ali estavam presentes os ganhadores dos concursos que tiveram ao longo da semana, vários donos de restaurantes, enfim a festa estava fluindo.
Um homem chamou Ângela para dançar.
_Ana, o que faço?
_Vai sua boba, você esta linda.
_Obrigado Ana pelo vestido, aposto que foi ele o responsável.
Ângela foi quando Jess estava ao meu lado bebendo e reclamando.
_Viu ate a sem graça da Ângela tem um par e eu estou aqui, maldito vestido não adiantou de nada.
_Calma Jess, e não fale assim da Ang ela não é sem graça.- Jess sabia ser desagradável as vezes.
Ela saiu para dar uma volta pelo salão, e eu continuei ali, tomando uma taça de champanhe, observei e na pista estava Ang e seu acompanhante, mas foi quando avistei Jess, ela estava dançando com um homem, e diga-se de passagem era lindo.
Não parecia que o homem estava muito feliz com aquele situação, mas sabia como Jess podia ser persuasiva então imaginei que ela devia ter tirado ele para dançar.
Ang voltou a mesa, e me apresentou o rapaz.
_Ana este é Bem, ele é cheff de cozinha.
_Prazer Ben, acho que fui a um de seus cursos nesta semana.
_Sim estou lembrando, boa aluna, aprendeu bem as dicas para os molhos.
_Sim, perfeitamente. -rimos juntos todos, quando Jess se aproximou com seu acompanhante, pude observar que seus cabelos estavam desalinhados de uma forma ate altamente sexy, ele  passava a mão constantemente nele tentando alinha-los e sem sucesso.
_Olá meninas este é Edward!
Olhei para o estranho, e seus olhos verdes encaram os meus, e pude sentir uma forte sensação de perigo, conhecia aquela sensação e queria distancia dela.
_Prazer Ângela.
_Ben.
Ele cumprimentava a todos.
_Ana- chegou minha vez ao estender a minha mão e sentir a pele de suas mão macias, um choque elétrico invadiu meu corpo, e ele me olhava como tentasse decifrar algo em mim.
_Edward Cullen.
_Então Edward, o que faz na feira?
_Bem não sou da área cheguei hoje a cidade e vim aproveitar a vasta culinária.
Sentamos todos a mesa para o rodízio dos pratos vencedores dos concurso.
Edward não tirava os olhos de mim, o que estava deixando Jess nervosa e eu também estávamos desconcertada com a situação.
_Bem Ana e vocês são de onde?
Edward dirigiu a pergunta a mim, mas fiquei sem fôlego com seu atrevimento, então Jess foi quem respondeu.
_Somos de Oro Valle, elas trabalham em um restaurante, eu vim somente para acompanhar, não me vejo cozinhando.
Observei Edward que mesmo prestando atenção a conversa e tentando ser gentil com Jess, não deixava de prender seu olhar no meu.
Quando finalmente o Jantar acabou, ao despedir-se de Edward, era como se parte de mim ficasse ali, como somente com olhares um homem podia mexer comigo.
“Calma você não pode se envolver com ninguém”
_Prazer Edward.
_O prazer foi meu, quem sabe não se vemos mais vezes.
_Impossível vamos embora pela manha - Jess interrompia nossa despedida, ela não gostou da ideia de ele me dar mais atenção.
_Mas garanto que podemos nos ver mais, estou trabalhando em um livro e fazendo um tour pelas cidades pequenas Oro Valle me parece um bom lugar.
Suspirei com a possibilidade, mas Edward cheirava a perigo tudo nele mostrava que era da cidade grande, jamais poderia ter algo com alguém assim ainda mais na mentira em que vivia, e se ele é realmente escritor piorou, estava certa, que aquela sensação não passaria daquilo.

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