04 janeiro 2013

CTM- Cap 3- O Coquetel


CTM Cap3

O Coquetel
Entrei na sala de reuniões sentei-me em frente ao Grey, e logo a palavra foi passada para mim.
_Bem, eu tive pouco tempo para analisar este manuscrito, no entanto minha opinião sincera é que não será vendável.
_Por que diz isso srt Swan? - Grey foi quem me perguntou.
_A principio, a literatura traz algo irreal!
_Irreal? A senhorita sabe que este tipo de relação é mais comum do que imaginamos, não sabe?
_Se é, não é de meu conhecimento Sr Grey.
Era estranho como a reunião simplesmente passou a uma conversa entre Cristian e eu, os outros presentes nada falavam.

_Senhorita Swan, vejamos desta forma, o fato de não ser de seu conhecimento tal relação, não significa que não exista e que não faça pessoas felizes.
_Bem, mas acho improvável, uma mulher nos dias atuais se submeter à submissão á um homem desta forma.
_Voltando ao livro Senhorita Swan, pode me dizer que aspecto não lhe agradou?
_Nada, primeiro a garota é idealista e é convidada a conhecer este mundo ao qual ela não se encaixa e fora ao prazer que duvido ela estar sentindo o que ela ganha neste relacionamento? Nada além de submeter a um homem.
_ E você acha que ela não esta sentindo prazer por quê?
_Bem são muitas formas de degradação.
_De certo modo estas degradações, podem realmente dar prazer a ela.
_E se dão, mesmo assim o que ela ganha neste relacionamento?
_O prazer já é um premio.
Este dialogo não ia alugar algum.
_Bem senhor Grey, se você defende tanto este idealismo não há o que discutir somente invista e publicamos.
_Senhorita Swan, façamos assim, eu realmente vou investir neste livro, no entanto quero que a Editora responsável por ele entenda e veja o lado real deste livro, façamos assim, fim de semana que vem será o coquetel de inicio ao lançamento deste livro, peço que você o leia com calma, e muita atenção, e faça pesquisa sobre o assunto e no coquetel você me diga o que realmente acha do livro.
Ele era tão prepotente achando que eu relendo o livro iria mudar minha opinião, realmente ele não me conhecia.
E novamente fiquei de pernas bambas depois desta reunião, percebi que este homem mexia comigo ate mais do que devia.
Precisava de uma bebida, então chamei Jacob para irmos a um bar.
_Jacob você não imagina o quão arrogante é este Grey, pela segunda vez que o vi e ele tem opiniões estranhas.
_Nem esquenta Bella.
_Como? Vou ter que trabalhar com este arrogante aos meus pés.
_Bella cuidado antes que seja você aos pés dele – falou me fazendo bufar.
Foi bom sair beber algo com Jake, chegamos a casa e Kate estava de pijama, já sabia que mais um relacionamento furado tinha ido para o espaço.
Sentamos e comemos sorvete com nossa amiga.
A semana passou e eu realmente levei a sério a questão do livro e o reli com calma, fiz pesquisas sobre a tal relação BSDM e sobre o dominante e submisso.
Não que eu estivesse aceitando este tipo de relação, mas cada vez que lia o livro era impossível não imaginar Cristian nas cenas, o que este homem tinha? Ele estava em minha mente e imagens dele com um chicote me dominando invadiam minha mente.
A cada cena mais quente e a cada vez que pesquisava, era somente Grey que eu sentia, céus, eu já me via em certos jogos, lembrei de minha vontade de sentir emoções diferentes, de ter um homem capaz de levar-me a loucura e somente Grey estava nestas imagens mentais.
Sexta feira depois que cheguei do trabalho ia começar a me arrumar para o coquetel quando uma entrega chegou uma caixa contendo um vestido lindo, sapatos e uma carta.
“Senhorita Swan, espero que esteja à altura de sua personalidade. Cristian Grey”
Personalidade? Ele sabia com quem estava lidando e que eu tinha forte personalidade, olhei o vestido e ele era muito lindo em azul longo e com uma fenda ao lado que chegava a altura das coxas.
Quando Katherine entrou pela porta e avistou o vestido, quase teve um surto, ela amou e como entendia muito disse que era de uma grife exclusiva e cara.
Fiquei com receio de usar o vestido e se isso acarretaria algo pessoal, mas algo me atraia em Cristian e eu resolvi entrar em seu jogo.
Kate ajudou-me com o cabelo e maquiagem, eu estava prestes a chamar um taxi quando o porteiro avisou que eu estava sendo esperada no Hall do prédio.
Desci e ao dar de Cara com Cristian esperando todo arrumado de gala, meu fôlego sumiu, este homem era uma tentação, mas algo nele cheirava a perigo, um perigo gostoso.
_Senhor Grey – exclamei ainda surpresa.
_Senhorita Swan, gostaria de uma carona?
Meus instintos diziam para correr e me afastar enquanto era tempo, mas meu corpo e meu lado mulher mandavam que eu investisse e ficasse ao seu lado, surgia em mim uma deusa, uma mulher interior que comandava minhas libidos, eu estava à mercê de meus desejos.
Enganchei em seu braço e seguimos para fora do prédio.
A limusine nos aguardava, dentro era aconchegante, somente tinha visto em filmes e nunca imaginei estar dentro deste luxo.
_Quer algo para beber, senhorita Swan?
_Não obrigado.
O caminho foi lento e torturante, ele nada dizia por um longo tempo, somente observava meu nervosismo, pensei se isto era um jogo interessante para ele, me observar de certa forma.
_A senhorita está linda com o vestido, mostra que gostou do presente.
_Sim, meio exagerado, mas lindo. – tentei dar o ar de superior, mas minha voz saiu insegura.
Ele somente sorriu de lado, me deixando totalmente desconcertada e vermelha.
_Leu o livro com mais atenção?
_Sim li - a simples menção a literatura erótica e quente que me fez ter todos aqueles sonhos eróticos com Grey me fizeram ficar ainda mais vermelha.
_Pesquisou sobre o assunto?
_Sim, confesso que me impressionei muito em saber que tais praticas são realizadas por muitas pessoas.
_Você notou que o queremos é somente o prazer à outra pessoa também.
Ele mencionou “queremos” o incluindo nisto, minhas desconfianças estavam certas, Grey era um DOM, dominante nos negócios e na cama, típico de homens assim.
Eu poderia estar sentindo repulsa, ou medo, mas não, eu sentia mais desejo e a mais nova companheira que ganhei dentro de mim, a mulher que queria novas experiências pulava de alegria e deliciava com as possibilidades.
Porém eu sabia que era um jogo de possibilidades perigosas se ele era um dom, queria uma submissa, alguém que fizesse suas vontades gerais sem o questionar e eu não era assim, eu questionava tudo ao meu redor, não aceitava ordens muito bem, por isso sai de casa, por isso minha relação com meu pai era distanciada, ele era o tipo de homem que queria dominar e eu era a garota independente.
Chegamos ao coquetel e os flashes voltaram –se a Grey chegando acompanhado, ele não demonstrou desconforto, mostrando que não ligava estar sendo fotografado comigo.
Depois de todos cumprimentassem, Grey me tirou para uma dança.
_Senhorita Swan, não quero ser indiscreto, mas eu a desejo desde a primeira que te vi, e percebo que o sentimento é recíproco.
_Senhor Grey, você já esta sendo indiscreto e o que o faz pensar que é recíproco?
_A aceitação ao vestido a carona, nossa dança, seu desconforto diante de mim ao simples mencionar no livro, senhorita Swan suas desconfianças estão certas...eu...sou...um...dom
Ele sussurrou cada palavra em meu ouvido me fazendo arrepiar por completo, senti meu baixo ventre contorcer e a umidade chegar, como ele fazia isso, com um simples sussurro me deixar completamente entregue, sim ele era um Don e por sinal muito bom.
_Mas pelo contrário Senhor Grey, eu não sou uma submissa.
Ele me rodopiou e ficamos afastados da multidão.
_Não procuro uma submissa a qual estou acostumada, procuro uma que seja um desafio.
Entendi seu ponto, ele queria ampliar seus jogos, ele queria uma luta, um jogo mais pesado.
Deixar-me levar por este jogo era perigoso, talvez sem volta, mas eu estava disposta a experiências.
_Me de licença senhor Grey, vou ao toalete.
Olhei no espelho e encarei meu rosto, era o olhar lascivo de luxuria, ele mexia comigo, meu rosto estava igual a quando estava após o sexo, mas ainda estava mais corado, se este homem me deixava assim somente com palavras em uma dança, ele devia ser um homem e tanto na cama.
Resolvi que iria jogar também, entrei no privado, e preparei minha cartada.
Voltei ao coquetel e Cristian estava dando atenção a escritora, percebi seu carinho e sua atenção, e ali eu soube o porquê deste interesse neste livro, ela era uma de suas Sub’s, Tânia Denalli, talvez até as experiências vividas com ele houvessem sidos relatadas neste livro.
Minha curiosidade ficou maior, eu queria experimentar, alias o que podia dar errado? Dor? Mas pelo que li sempre tinha uma palavra de segurança, isso mostrava que as sub’s tinham escolha.
Grey voltou ao meu lado e resolvi fazer meu jogo.
_Tânia, me diga, ela é uma?
_Sim, foi, agora ela esta com uma carreira em frente.
-_E o que impede dela ter uma vida e ser uma Sub?
_Seu Dom, depende do que agrada a ele, se ela for dele totalmente ou tiver uma vida paralela.
_E você senhor Grey? Qual tipo de Don você é?
_Do tipo que gosta de agradar, mas também gosto de recompensas, gosto de atenção, mas como disse estou atrás de desafio de algo novo.
Neste instante joguei minha maior carta.
_Tome, este é minha recompensa para você, veja como me deixou.
Coloquei em sua mão minha calcinha que tirei no banheiro, ele estalou os olhos e sorrio, discretamente virou-se e cheirou aquilo me excitou alem do que eu podia imaginar.
_Senhorita Swan, o que isto quer dizer?
_Quer dizer que estou disposta a experimentar, com certas restrições é claro, mas estou disposta a tentar.
Ali começava um jogo, o qual eu achava estar ganhando.

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