05 fevereiro 2013

Beauty and Beast capítulo 5




Beauty and Beast cap 5

Depois do sonho revelador que tive, eu sempre soube que tinha visto o rosto da fera que me salvou, mas depois de tantas seções de terapia pagas por meu pai, e de tantos remédios para esquizofrenia* que tomei, chegou um tempo que as memórias forma esquecidas, mesmo sabendo que não era loucura e que realmente tinha acontecido, chegou um tempo que deixei de insistir, e falei o que todos queriam ouvir, que aquilo tudo era somente fruto de minha imaginação, mas este diário agora respondeu todas as minhas duvidas, e mesmo sem ler todo ele, sabia que estas coisas eram reais, e sabia onde encontrar respostas, coloquei o diário na pasta e sai sem ao menos tomar café.


Cheguei à casa dos Salvatore e dei batidas fortes na porta, queria arrombar se possível, quando ele abriu-se Stefan apareceu.

_O que você deseja?- ele tentou ser educado, mas meu sangue fervia com as coisas que rondavam em minha mente.

_Quero falar com Damon, agora!

_Ele não esta, todos sabem que moro sozinho. -seu tom de voz tornou-se sarcástico.

_Mas ele estava aqui no dia em que me trouxe.

_Mas não esta mais. – Ele deu um sorriso tentando disfarçar.

_Olha Stefan, podemos fazer da forma fácil ou difícil, eu posso conseguir um mandado.

_E com qual acusação?

_Não me confronte- quando percebi estava cara a cara com ele, mesmo sabendo que tudo que li no diário Guilbert poderia ser verdade não era de ter medo de nada, e meu sangue quando fervia me deixava irritada.

Percebi o olhar de Stefan escurecer, o que poderia me dar medo, recuei, mas assim que ia dar meia volta ouvi a voz dele.

_Stefan a deixe entrar.

Era Damon, ele estava ao alto da escada, a imagem me fez ter a lembrança novamente do dia da morte de minha mãe, e ao alto da escada onde a criatura que me salvou estava, sim só poderia ser ele.

Entrei na casa, Stefan me lançou um olhar de ódio, e de desaprovação.

_Você sabe que é loucura irmão.

Damon desceu as escadas e logo estava ao meu lado, mesmo estando ali para outro propósito não podia deixar de tirar os olhos dos dele, as piscinas azuis intensas me tragavam.

Coloquei meu cabelo atrás da orelha e respirei fundo.

_o que deseja Bella?

_A verdade?

_Do que esta falando?

Neste momento meu lado explosivo entrou em ação, puxei todo o ar que tinha direito e meus pulmões estufaram, e soltei a bomba de uma só vez.

_A verdade sobre tudo Damon, olha aqui- ergui o diário que havia lido não todo, mas o suficiente para saber que eu não estava louca.

_O que é isto?

_O diário de Jonathan Guilbert, e aqui eu soube que a minha vida inteira tive razão, eu não estava louca, e sim quando minha mãe morreu...

_Bella acalme-se o que sua mãe tem haver com Jhonathan guilbert?

_Tudo!!! E não me venha com ladainha Damon, eu sei que você estava lá, eu lembro de tudo, por anos eu enfrentei psicólogos e psiquiatras, todos dizendo que estava louca que chegou um momento em que acreditei, mas nem os remédios e nem as seções de terapia me fizeram esquecer daquela noite e do que vi.

Encarei Damon e vi dor em seus olhos, vi que a verdade estava ali confrontando algo mais, ele olhou para Stefan que estava na porta observando o meu estado de loucura.

_Bella, sente-se e vamos conversar.

_Damon Não, o que pensa que esta fazendo?

Stefan interrompeu, e eu estava ali entre os dois via raiva em seu olhar.

_Irmão entenda ela sabe, não tem como negar, eu já estou ferrado mesmo uma regra quebrada entre muitas que quebrei não vai fazer diferença.

_Damon você sabe o que faz, mas não quero estar presente enquanto você assina mais uma paina em sua sentença de morte.

Estava atônita com tudo, mas mesmo assim sentei e encarei Damon, ele foi ate o Bar serviu uma bebida e sentou-se em minha frente.

Stefan já tinha se retirado, e Damon olhou fundo em meus olhos.

_O que você Quer saber Bella?

Eram tantas as perguntas, estava aflita, mesmo sempre enfrentando vários interrogatórios em minha vida nenhum se comparava a este momento, estava ali cara a cara com algo desconhecido, pois sim algo Damon era, e se os diários de Jonathan estavam certos ele poderia ser um assassino.

_Comece pelo começo Damon, me fale você, de onde você é?

_Eu sou daqui mesmo Nasci em Mystic falls.

_Mas não vivia com seu irmão atualmente não é?

_Bella, isto é um interrogatório policial?- Damon sorriu sarcasticamente enquanto dava um gole na bebida.

_Bem, é a forma que consigo fazer as coisas então é desta forma que vou fazer, me responda Damon, não vivia com seu irmão recentemente?

_Não Bella, eu não vivia aqui em Mystic falls, alias eu não deveria estar sequer próximo a Mistic falls.

_Onde você vivia antes?

_Bella, não tem outra forma de fazer isto se não falar tudo de uma vez, eu estive em Forks por um longo período e depois em Seattle.

O meu espanto foi muito grande ao saber que ele esteve exatamente nos lugares onde eu vivi, meu coração acelerou, senti que podia perder meu senso ali, mas queria respostas e iria ate o fim.

_Você me seguiu ate aqui- esta foi à conclusão mais obvia que achei.

_Segui, Bella foi eu que te salvei aquela noite, eu acabara de chegar a Forks, e me deparei com... Na verdade não quis ficar La então Stefan e eu fomos caçar uns ursos para ficarmos forte para a viagem, quando ouvi os gritos e tiros...

Respirei fundo meu corpo ficou mole, mas tentava escutar tudo, a verdade estava ali em minha frente, a verdade que por anos busquei a verdade pela qual lutei e vim ate aqui, não sabia se queria ir ate o fim.

_Espere Damon...- dei um pausa e pensei um pouco, levantei andei de um lado para o outro._ Me de um copo disto que esta tomando!

_Do que whisky? Esta cedo ainda para isso?

_Isto, sim, preciso se vou ouvir sua historia, e se você esta bebendo, vamos me de um copo.

Ele me serviu, e eu o encarei, tentando lembrar, puxar as memorias que me assombravam por anos.

_Continue, depois de ouvir os tiros.

_Voltei com relutância de Stefan e vi o que acontecia, são raras as vezes que nos Deparamos com outros de nós, mas eu o vi então não pude deixar ele te machucar então o ataquei, mas ele tinha acabado de se alimentar de sangue humano então estava mais forte que eu.

_Damon você o viu? Quem era?

_Bella sinto lhe informar, não consegui , ele estava de capuz e eu queria ver se você estava bem.

_Entendo.- a frustação me pegou novamente, ainda não teria todas as respostas, mas podia ter as principais.

_Então você é um...

_Vampiro, sim, é o que eu sou um monstro.

_Mas você disse que caça ursos?? –Não tinha medo dele.

_Na verdade animais em geral, é raro conseguir sangue humano, sem ter que matar a vitima ou transforma-la. – seu sorriso era sarcástico e verdadeiramente lindo.

Aquela informação me fez lembrar-se de partes lidas no diário sobre os assassinatos referentes a eles.

_Você vive há quanto tempo? –gostaria de saber se as datas.

_Muito tempo, fui transformado em 1864, quando voltei da guerra. - As datas provaram que o diário estava certo.

_Quem transformou você?- neste instante percebi o desconforto na pergunta alguma lembrança veio à mente de Damon e era dolorosa.

_Não importa não precisa me falar, porque me salvou?- tentei ir para outro assunto.

_Bella há anos não caço nem mato humanos, e quando vi aquele monstro querendo tirar sua vida, tão inocente, eu não pude me conter e quando ele te mordeu eu não podia deixar você se tornar um monstro como eu.

_Como assim? Neste instante a lembrança voltou olhei a minha cicatriz em meu pulso, e percebi que era a mordida do vampiro.

_E como eu não se tornei um vampiro se ele me mordeu?

_Bella quando mordemos alguém o veneno se espalha ate o coração parar de bater, mas ele tem que chegar ate o coração, então eu suguei seu sangue, e como foi difícil Bella, há tempos não sentia o gosto de sangue humano, Stefan ainda se arrisca com bolsas de sangue, mas eu não então eu tinha que parar, suguei o veneno e parei.

_Você me salvou duas vezes Damon., do vampiro e de me tornar um.

_na verdade três, quando você chegou aqui lembra-se do seu acidente?

_Sim, claro, eu atropelei alguém e juro não era humano.

_Você tem razão não era, era um aproveitador, e ele estava tentando causar uma chance para se alimentar.

_Tenho certeza que é algum Cullen,_ foi uma conclusão que cheguei a um relapso na memoria, era fácil deduzir que eles tinham algo a ver.

Damon demonstrou espanto, mas não com minha dedução e sim com eu ter chego a ela.

_Como chegou a esta conclusão?

_É obvio que eles são vampiros também, e você sabe, eles estiveram em forks, e estudaram na mesma escola que eu, no entanto após 9 anos eles ainda esta estudando no colegial.

_Bella os Cullen são um clã muito grande e poderoso, e saiba que tem o apoio da nossa realeza, eles se alimentam de sangue animal ate onde todos saibam.

_Não acredito nisto, algum deles ali esta por trás de tudo isto, a morte de minha mãe, meu acidente, tudo.

Estava tudo claro, eram os Cullen, sim era lá que teria respostas, levantei-me com pressa e ia em direção a saída quando senti as mãos de Damon me segurando.

_Onde vai Bella?

_vou ate a casa dos Cullen.

_Não, nem pense nisto.

_Como não? Se eles são os responsáveis por alguma coisa eu vou investigar.

_investigue Bella, mas não vá ate eles assim, você é louca você esta pensando em ir a uma casa cheia de vampiros onde você desconfia que um deles anda caçando humanos, pense bem é loucura.

Pensando desta forma era loucura sim.

_ E você porque diz que não pode estar em Mystic falls?

_Por causa de caçadores Bella, há uma linhagem em andamento aqui.

_os Gilbert?

_Como sabe?

_Damon eu sou uma detetive, e li no diário de Jhonatan,- meu semblante caiu relembrando do que li.

_Bella, queria lhe explicar sei que deve ter coisas sobre mim ai escritas, mas entendo eu não sou mais assim.

_Damon você já me deu provas maiores que não me fará mal, mas como eles ainda vão te caçar já faz mais de um século?

_Bella, quando um caçador entra em ascensão, e chega na idade ele recebe a força, e os dons dos outros caçadores, velocidade, e algumas lembranças atormentam ele, principalmente de caças em que outros caçadores da mesma linhagem se dedicara.

_E Jonathan Gilbert se dedicou a você.

_Sim e muito.

_Eu sei o porque. – falei e continuei de cabeça baixa, sabia da morte de sua irmã e de forma cruel pelas mão de Damon, mas estando ali e olhando para ele era difícil acreditar que ele possa ter feito algo deste tipo.

_Bella, olhe em meus olhos.- Seu olhar de suplica, me fazia ter várias sensações, era como se ele pudesse me acalmar e transmitir paz para mim.- Eu sei que sou um monstro, e sei que fiz coisas de que me arrependo todos os dias, mas saiba que desde que te salvei e todas as vezes que estive próximo a você, foram os únicos momentos em que me senti digno de fazer algo bom, eu não faço mas estas maldades e sei que não apaga o que já fiz, mas entenda é minha forma de redenção.

_ Não vamos falar disto, Damon, guardo seu segredo, mas antes quero fazer um pacto, você vai me ajudar a saber toda a verdade sobre a morte de minha mãe e o que aconteceu naquele dia.

_Tudo bem, eu te ajudo, mas saiba que é um mundo sem volta, depois que souber toda a verdade, você será um alvo.

_Como assim?

_Bella, entenda você será uma humana que sabe sobre vampiros, e se você estiver certa e um dos Cullen for responsável por mortes desenfreadas de Humanos, eles não vão deixar passar isto.

_Eu preciso saber de tudo Damon, sou assim e não vou desistir agora.

_Eu sei disso, te acompanho a anos e sei exatamente como você é!

De uma forma estranha era bom saber que meu salvador esteve a todo tempo ao meu lado, era reconfortante, mesmo em meio a esta loucura, não me senti assustada e nem com medo, eu só sabia que de alguma forma agora estava próxima da verdade.

_Agora eu tenho de voltar a delegacia, já esta passando a hora de entrar no trabalho.

_Bella me prometa uma coisa.

_O que Damon?- Ele estava próximo de mim, pude sentir seu hálito gélido e seu cheiro era reconfortante, meu corpo tinha reações estranhas ao contato com o dele, e sua mão segurava meu pulso, eu olhei firme em seus olhos.

_Fique longe dos Cullen!- Ele falou pausadamente e firme, como se quisesse entrar em minha mente.

_Não posso lhe prometer isso.- Ele me encarou com frustração, como se um feitiço estivesse falhado e largou meu braço e deixou meu olhar, senti-me vazia sem sua presença tão próxima.

_Pelo menos me deixe estar por perto quando resolver falar com eles.- Ele disse enquanto servia mais bebida em seu copo.

_Isto eu posso prometer, Damon todas estas historias de vampiros que se contam.

Ele virou-se e me encarou com um sorriso torto e sarcástico, tomou um gole da bebida e riu.

_Há mitos e verdades, te prometo contar tudo.

_Sei que vai contar, pois se não contar eu descubro de qualquer forma.- sorri para ele, que retribui o sorriso, ele deveria saber exatamente como eu era _Agora tenho que ir,e Damon.

_Sim.

_Obrigado por tudo mesmo se não fosse você eu não estaria viva.

_por nada.

Naquele instante meus olhos novamente se focaram com os dele era incrível como podia ser dominada pelo olhar azul intenso de Damon Salvatore.

Cheguei a delegacia e deixei o diário seguro dentro da pasta, em minha bolsa, e voltei a pesquisar casos antigos, escutei quando a Lizie chegou, mas continuei minhas pesquisas, o telefone da delegacia tocou, e depois dela atender e proferir alguma palavras, ela bateu na porta de minha sala.

_Detetive Swan, temos um chamado.

Levantei peguei meu casaco, meu distintivo, a arma, e fomos ate a viatura.

Chegando no local, era próximo a floresta, e um homem de roupas de corrida estava estirado no chão, eu analisava o local do crime, quando o carro da pericia chegou, e dele desceram, o Dr Cullen e um assistente.

Encarei o olhar de Carlisle Cullen e sorri.

_Bom dia dr Cullen, faz tempo que não nos vemos?

Ele ficou com olhar de espanto a me ver, soube naquele momento que sua memória sabia quem eu era.

_Detetive Swan, sou nova em Mystic Falls, vou cuidar do caso.- estiquei a mão para ele, sua mão era fria como a de Damon, senti seus cheiro característico e doce, me lembrava Damon, mas não era tão atrativo.

_Muito tempo, você era de Forks? Não era?

_Sim, mas estava na policia de Seattle, bom o senhor estar aqui, eu queria marcar uma conversa, sobre os vários atestados de óbitos e autópsia, que o senhor assinou, podemos marcar.

_Certamente.

Ele desviou-se quando a xerife Forbs se aproximou.

Ele analisou o corpo, e pude perceber sua tenção ao estar passando mais um laudo de ataque de animais.

Antes de entrar na viatura, enquanto a xerife assinava uns papeis, e o assistente arrumava o corpo no carro da pericia, encarei o dr Cullen, e sussurrei a uma altura que sabia que ele ouviria.

_Espero ter as respostas certas Carlisle, pois a de ataque de animal já esta velha.

_Swan, entenda que há coisas que vão além da verdade, e eu não posso fazer nada.- ele respondeu, e vi sinceridade em sua voz.

Voltando a delegacia, Lizie me encarou.

_Você conhece os Cullen?

_Não muito bem, Carlisle já trabalhou na pericia de Forks, e meu pai era delegado lá.

_Entendo, mas parece não gostar do Doutor?

–Não sei muito sobre ele para dar minha opinião, somente isso.

A atitude dela me fez suspeitar que a verdade estava ali, e ela sabia de algo.

O dia correu normalmente, e o ludo da pericia chegou, e como sempre ataque de animal fora a conclusão, eu decidi que oficialmente deixaria as coisas seguirem, mas extraoficialmente minha investigação iria além.

Peguei minhas coisas, e voltei a casa de Jenna, como no almoço tinha comido apenas um sanduiche, meu estomago estava vazio, tinha que arrumar um lugar para comer.

_Bella!

_Oi Elena, ela estava toda produzida, - onde vai?

_Vamos ao Grill, quer vir?

_Bem tem comida lá?

_Comida de lanchonete, batata frita, hambúrguer, estas coisas.

_Bem com a fome que estou qualquer coisas vale, vamos, mas me desculpe vou ter que ir de carona meu carro ainda esta na oficina.

_Sem problemas, vamos no meu, eu tenho que pegar Bonie e Caroline ainda.

Fomos ao Grill, chegando lá, parecia que toda juventude de Mystic Falls reunia-se ali, e observei que inclusive os Cullen.



Notas finais do capítulo
*Esquizofrenia: é considerada pela psicopatologia como um tipo de sofrimento psíquico grave, caracterizado principalmente pela alteração no contato com a realidade (psicose). Segundo o DSM-IV é um transtorno psíquico severo caracterizado por dois ou mais dentre o seguinte conjunto de sintomas por pelo menos um mês: alucinações visuais, sinestésicas ou auditivas, delírios, fala desorganizada (incompreensível), catatonia ou/e sintomas depressivos

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