21 fevereiro 2013

CTM 18 The Unforgiven


Ctm Cap 18
The Unforgiven


“Ele estava em minha frente, o chicote estalava em sua mão, estava ajoelhada, ao mesmo tempo que minha intimidade pulsava pelo desejo dos jogos, eu sentia um vazio em meu ser, eu queria mais, queria amor, mas ele queria dor, olhei para cima pensando em suplicar por um pouco de carinho só um pouco, os olhos de Cristian cintilavam ele estava com prazer de me ver ali humilhada implorando por uma migalha de amor, mas quando ia abrir meus lábios para pedir por um beijo, seus olhos viraram duas esmeraldas, e não era mais Cristian com o chicote e sim Edward ...“

Senti meus olhos húmidos e estava ofegante.
_Ana, o que ouve?
Nada somente um pesadelo.
_quer me contar?
_Não!
_è sobre seu passado?
_Sim. – encolhi-me e puxei os lençóis em cima de mim.
_Calma Ana, estou aqui, nada ou ninguém vai te fazer mal!
As palavras que saiam da boca de Edward eram puras soavam sempre verdades, eu poderia estar vivendo um sonho.
O dia nos trazia o passeio tranquilo que tinha programado, o piquenique no campo que Angela me forneceu as coordenadas.
_Um piquenique então, quem diria?
_Porque, o programa é muito simples para você?
_Não é perfeito.
Colocamos tudo que era preciso no carro e fomos rumo aos limites de Oro Valle.

A estrada era tranquila para um sábado pela manha, liguei o radio, e Edward sorriu ao me ver dirigir cantarolando Metalica (The Unforgiven)
.
_O que foi?
_Nada, só você cantando, esta tão linda.
_Seu bobo, amo rock, e esta musica diz muito sobre mim.
_Não é verdade, vejamos a musica diz:
O que eu senti
O que eu soube
Nunca transpareceu no que eu mostrei
Nunca ser
Nunca ver
Não verei o que poderia ter sido

_Você não é assim Ana, você não é subjugada ou algo do tipo.
_Mas já fui, preste atenção na letra Edward:
Eles dedicaram suas vidas
A tomar tudo deles
Ele tenta satisfazer a todos
Este homem amargo ele se torna
Por toda a sua vida o mesmo
Ele lutou constantemente
Esta luta ele não pode vencer
Um homem cansado eles veem, não importa mais
O velho homem então se prepara
Para morrer cheio de arrependimentos
Este velho homem aqui sou eu

_Você não é amarga- ele ria de minhas suposições.
_Não sou agora, encontrei você, mas ainda há uma parte de mim que sente-se presa, sente esta amargura, e ainda sinto dentro de mim que vai ser difícil de retirar esta sensação, é muito forte.
_Ana você esta se subjugando, você é livre, é uma mulher forte e pode passar por cima de tudo, e não sentir-se presa a uma vida que não vive mais.
_É relativo sabia, pense bem, esta musica diz tudo que sinto:
Nunca livre
Nunca eu mesmo
Então eu os nomeio imperdoáveis

_Porque você acha que nunca vai ser livre?
_porquê como diz a letra, nunca serei eu mesma, nunca mais, isso me torna imperdoável.
_Já falamos sobre isso, eu tenho certeza que você é mais você agora do que tenha já sido algum dia.
_O que te faz pensar assim?
_Posso não ter te conhecido antes, mas algo me diz que hoje você é muito você do que já tenha sido algum dia.
Chegamos perto e já dava para avistar a beleza do local, as flores silvestres estavam por todo local, uma mistura de violetas lilás, e flores silvestres, amarelas, e brancas deixavam o local mais magico.
_Ual, Angela tinha razão, é perfeito.
Saio do carro, retirei o óculos escuro e admirei a vista, o conto de fadas estava quase completo, era como um sonho, e tinha medo de acordar a qualquer momento.
Descarreguei tudo, Edward me ajudou, e arrumou um lugar plano onde estendemos um cobertor, deixei a cesta que estava repleta de alimentos, frutas, biscoitos e besteiras da loja de conveniência do posto de gasolina.
Sentamos, deitei no colo de Edward e abri um livro, Edward também estava lendo, sentia o sol em minha pele arder.
_Protetor Edward.
_Sim.- ele abriu a bolsa e pegou o protetor solar e me ajudou a passar, nos braços e partes expostas.
Era incrível como simples toque de seus dedos em minha pele me deixava desconcertada, ele me olhava em meus olhos enquanto fazia movimentos circulas em meus braços, as palavras não eram necessárias.
Deitei novamente em seu colo e aproveitei o carinho recebido em meus cabelos.
_Já que não podemos falar do passado, você pensa no futuro Ana?
Aquela foi um pergunta direta, me pegando desprevenida era difícil pensar em um futuro, pois não sabia se teria um.
_Porque a pergunta Edward?
_Porque desde que te conheci, e começamos este relacionamento, não ache estranho, mas eu penso muito no futuro.
_Sério, e o que pensa?
_Não sei tantas coisas, em nós, nosso relacionamento.
_Penso também ,mas não tenho ideia do que esperar para o futuro, tenho muito medo Edward.
_você pode me achar bobo, mas penso em uma família.
Aquilo me pegou de surpresa, ainda mais, era incrível, nunca pensei nesta possibilidade, na verdade pensava antes, mas depois de casar com Cristian minhas expectativas para um futuro se tornaram tão evasivas, Cristian era egoísta e um filho não estava em seus planos.
_Você pensa em filhos?
_Eu sempre tive vontade de ter filhos, sabe fui filho único, e perdi meus pais cedo, fiquei sozinho no mundo, e então esta vontade de ter uma família sempre esteve em mim, mas meu trabalho...
_Seu trabalho?
_Coisas do passado, lembra, sempre me impediram, mas agora aqui com você, em uma nova cidade, uma nova vida, penso em formar raízes, uma família, um trabalho novo.
Sua testa enrugava em falar de trabalho, sentia que não era a única om um peso do passado, éramos dois imperdoáveis, duas pessoas presas a um passado, que nos atormentava.
_E seu livro?
_Ana, lembra que te disse que quero deixar o passado, esqueça este livro, eu esquecerei tudo, serei um novo Edward.
_Tudo bem.- sabia que por traz desta relutância havia mais, mas como prometido o passado era para ficar para traz, me restava saber se realmente ele ficaria lá em seu devido lugar ou ele voltaria para nos atormentar.
Fechei meus olhos e aproveitei o carinho que recebia, o calor do sol, as mãos de Edward passando por meus cabelos, tudo tinha medida certa, sentia pequena corrente elétrica quando seus dedos tocavam minhas maças do rosto.
Naquele momento não havia conotação sexual, e nem nada além de  duas pessoas relaxadas que tinham um sentimento em comum.
Seus olhos vagavam além do campo florido, como se dentro de seu ser estivesse algo que o atormentasse, entendia esta sensação, entendia que realmente nós dois tínhamos que tentar lutar e viver além do que passamos.
_Edward.
_Sim Ana.- ele acariciava meus cabelos, eu me levantei ficando de frente a ele, encarei aquelas esmeraldas intensas que me tragavam.
_Eu te Amo- era exatamente o que sentia, sim tinha plena certeza desta minha revelação, deste sentimento ao qual era repreendido dentro de mim.
Ele simplesmente afastou meus cabelos atrás de minha orelha, e seus lábios abriram-se.
_Eu também te amo Ana.- a sinceridade era visível, e a força era implacável, nossos lábios como imã foram forçados a estrem juntos.
Eram doces como sempre, a sensação de segurança que sentia em seus lábios, em seus braços era como a força que me fazia ser a Ana, a Bella estava deveras enterrada, e mesmo que me assombrasse sempre, sabia que com Edward eu não mais seria imperdoável a vontade imensa da verdade sair de mus lábios me consumia, mas não havia forças em mim, decidia que isso ficaria sempre guardado dentro de mim.
O dia passou muito rápido, mas foi extremante perfeito.
(***)
O domingo passou rápido, pois trabalhei bastante, e ao final do dia tive uma noticia não muito boa.
_Ana vou me ausentar por alguns dias.
_Porquê Edward?- eu fazia um biquinho enrolada nos lençóis.
_tenho que resolver um assunto pendente.
_Tudo bem, quando volta?
_Em três dias.
Seriam os três dias mais longos que passaria desde que vim para oro Valle.
Os dias passaram vazios, a falta de Edward deixava minha cama gelada, e meu coração apertado, nunca pensei depender tanto da presença de alguém.
Na quarta pela manhã, soube que Edward tinha chegado de viajem, mas não o vi e o dia passou longo novamente.
Mas ao final da tarde depois de sair de meu turno do restaurante, voltei para a pensão e fui surpreendida por Edward.
_olá linda.
_Senti sua falta.
Nosso lábios se encontraram e era intenso como sempre sentir seu beijo, sua mão era urgente e traçava o contorno de meu corpo como se quisesse decorar cada pedaço dele, ele sentiu a mesma saudade que senti, era notório.
Quando o ar foi necessário deixamos os lábios, mas não me desfiz de seu abraço somente abaixei a cabeça em seu ombro. Nós olhamos como se víssemos a alma de ambos, o amor transparecendo.
_Senti muito sua falta, ate de mais do que deveria.
_também,- sua mão acariciava meus cabelos.- tenho uma surpresa para você.
_Sério?
_Claro, vire-se.
Vereei-me e fui surpreendida com uma venda em meus olhos.
_O que vamos fazer?
_Nada que esta sua mente poluída esteja pensando, vamos vou te guiar.
_quem disse que minha mente é poluída?
_O que você pensou que íamos fazer?
Eu nada disse, somente sorri.
_Viu, pensou em besteira, vamos a surpresa não esta aqui.
Senti ele me guiar pelas escadas da pensão, entramos em meu carro.
_Ué você pegou as chaves?
_Sim quando cheguei fui ate seu quarto e peguei as chaves.
_Esta se aproveitando senhor Cullen.
Depois de um caminho curto, ele parou, me guiou, escutei um portão se abrir, e paramos, ele retirou minha venda, e estávamos diante aquela casa que a alguns dias estava a venda. Seus olhos me olharam intenso, feliz. Um arrepio passou por mim e olhei a casa a minha frente.

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