Ctm Cap 18
The Unforgiven
“Ele estava em minha frente, o chicote
estalava em sua mão, estava ajoelhada, ao mesmo tempo que minha intimidade pulsava
pelo desejo dos jogos, eu sentia um vazio em meu ser, eu queria mais, queria
amor, mas ele queria dor, olhei para cima pensando em suplicar por um pouco de
carinho só um pouco, os olhos de Cristian cintilavam ele estava com prazer de
me ver ali humilhada implorando por uma migalha de amor, mas quando ia abrir
meus lábios para pedir por um beijo, seus olhos viraram duas esmeraldas, e não
era mais Cristian com o chicote e sim Edward ...“
Senti meus olhos
húmidos e estava ofegante.
_Ana, o que ouve?
Nada somente um
pesadelo.
_quer me contar?
_Não!
_è sobre seu
passado?
_Sim. – encolhi-me
e puxei os lençóis em cima de mim.
_Calma Ana, estou
aqui, nada ou ninguém vai te fazer mal!
As palavras que
saiam da boca de Edward eram puras soavam sempre verdades, eu poderia estar
vivendo um sonho.
O dia nos trazia o
passeio tranquilo que tinha programado, o piquenique no campo que Angela me
forneceu as coordenadas.
_Um piquenique
então, quem diria?
_Porque, o programa
é muito simples para você?
_Não é perfeito.
Colocamos tudo que
era preciso no carro e fomos rumo aos limites de Oro Valle.
A estrada era
tranquila para um sábado pela manha, liguei o radio, e Edward sorriu ao me ver
dirigir cantarolando Metalica (The Unforgiven)
.
_O que foi?
_Nada, só você
cantando, esta tão linda.
_Seu bobo, amo
rock, e esta musica diz muito sobre mim.
_Não é verdade,
vejamos a musica diz:
O que eu senti
O que eu soube
Nunca transpareceu no que eu mostrei
Nunca ser
Nunca ver
Não verei o que poderia ter sido
_Você não é assim
Ana, você não é subjugada ou algo do tipo.
_Mas já fui, preste
atenção na letra Edward:
Eles dedicaram suas vidas
A tomar tudo deles
Ele tenta satisfazer a todos
Este homem amargo ele se torna
Por toda a sua vida o mesmo
Ele lutou constantemente
Esta luta ele não pode vencer
Um homem cansado eles veem, não importa
mais
O velho homem então se prepara
Para morrer cheio de arrependimentos
Este velho homem aqui sou eu
_Você não é amarga-
ele ria de minhas suposições.
_Não sou agora,
encontrei você, mas ainda há uma parte de mim que sente-se presa, sente esta
amargura, e ainda sinto dentro de mim que vai ser difícil de retirar esta
sensação, é muito forte.
_Ana você esta se
subjugando, você é livre, é uma mulher forte e pode passar por cima de tudo, e
não sentir-se presa a uma vida que não vive mais.
_É relativo sabia,
pense bem, esta musica diz tudo que sinto:
Nunca livre
Nunca eu mesmo
Então eu os nomeio imperdoáveis
_Porque você acha
que nunca vai ser livre?
_porquê como diz a
letra, nunca serei eu mesma, nunca mais, isso me torna imperdoável.
_Já falamos sobre
isso, eu tenho certeza que você é mais você agora do que tenha já sido algum dia.
_O que te faz
pensar assim?
_Posso não ter te
conhecido antes, mas algo me diz que hoje você é muito você do que já tenha
sido algum dia.
Chegamos perto e já
dava para avistar a beleza do local, as flores silvestres estavam por todo
local, uma mistura de violetas lilás, e flores silvestres, amarelas, e brancas
deixavam o local mais magico.
_Ual, Angela tinha
razão, é perfeito.
Saio do carro,
retirei o óculos escuro e admirei a vista, o conto de fadas estava quase
completo, era como um sonho, e tinha medo de acordar a qualquer momento.
Descarreguei tudo,
Edward me ajudou, e arrumou um lugar plano onde estendemos um cobertor, deixei
a cesta que estava repleta de alimentos, frutas, biscoitos e besteiras da loja
de conveniência do posto de gasolina.
Sentamos, deitei no
colo de Edward e abri um livro, Edward também estava lendo, sentia o sol em
minha pele arder.
_Protetor Edward.
_Sim.- ele abriu a
bolsa e pegou o protetor solar e me ajudou a passar, nos braços e partes
expostas.
Era incrível como
simples toque de seus dedos em minha pele me deixava desconcertada, ele me
olhava em meus olhos enquanto fazia movimentos circulas em meus braços, as palavras
não eram necessárias.
Deitei novamente em
seu colo e aproveitei o carinho recebido em meus cabelos.
_Já que não podemos
falar do passado, você pensa no futuro Ana?
Aquela foi um
pergunta direta, me pegando desprevenida era difícil pensar em um futuro, pois
não sabia se teria um.
_Porque a pergunta
Edward?
_Porque desde que
te conheci, e começamos este relacionamento, não ache estranho, mas eu penso
muito no futuro.
_Sério, e o que
pensa?
_Não sei tantas
coisas, em nós, nosso relacionamento.
_Penso também ,mas
não tenho ideia do que esperar para o futuro, tenho muito medo Edward.
_você pode me achar
bobo, mas penso em uma família.
Aquilo me pegou de
surpresa, ainda mais, era incrível, nunca pensei nesta possibilidade, na
verdade pensava antes, mas depois de casar com Cristian minhas expectativas
para um futuro se tornaram tão evasivas, Cristian era egoísta e um filho não
estava em seus planos.
_Você pensa em
filhos?
_Eu sempre tive
vontade de ter filhos, sabe fui filho único, e perdi meus pais cedo, fiquei
sozinho no mundo, e então esta vontade de ter uma família sempre esteve em mim,
mas meu trabalho...
_Seu trabalho?
_Coisas do passado,
lembra, sempre me impediram, mas agora aqui com você, em uma nova cidade, uma
nova vida, penso em formar raízes, uma família, um trabalho novo.
Sua testa enrugava
em falar de trabalho, sentia que não era a única om um peso do passado, éramos
dois imperdoáveis, duas pessoas presas a um passado, que nos atormentava.
_E seu livro?
_Ana, lembra que te
disse que quero deixar o passado, esqueça este livro, eu esquecerei tudo, serei
um novo Edward.
_Tudo bem.- sabia
que por traz desta relutância havia mais, mas como prometido o passado era para
ficar para traz, me restava saber se realmente ele ficaria lá em seu devido
lugar ou ele voltaria para nos atormentar.
Fechei meus olhos e
aproveitei o carinho que recebia, o calor do sol, as mãos de Edward passando
por meus cabelos, tudo tinha medida certa, sentia pequena corrente elétrica
quando seus dedos tocavam minhas maças do rosto.
Naquele momento não
havia conotação sexual, e nem nada além de duas pessoas relaxadas que
tinham um sentimento em comum.
Seus olhos vagavam
além do campo florido, como se dentro de seu ser estivesse algo que o
atormentasse, entendia esta sensação, entendia que realmente nós dois tínhamos
que tentar lutar e viver além do que passamos.
_Edward.
_Sim Ana.- ele
acariciava meus cabelos, eu me levantei ficando de frente a ele, encarei
aquelas esmeraldas intensas que me tragavam.
_Eu te Amo- era
exatamente o que sentia, sim tinha plena certeza desta minha revelação, deste
sentimento ao qual era repreendido dentro de mim.
Ele simplesmente
afastou meus cabelos atrás de minha orelha, e seus lábios abriram-se.
_Eu também te amo
Ana.- a sinceridade era visível, e a força era implacável, nossos lábios como
imã foram forçados a estrem juntos.
Eram doces como
sempre, a sensação de segurança que sentia em seus lábios, em seus braços era
como a força que me fazia ser a Ana, a Bella estava deveras enterrada, e mesmo
que me assombrasse sempre, sabia que com Edward eu não mais seria imperdoável a
vontade imensa da verdade sair de mus lábios me consumia, mas não havia forças
em mim, decidia que isso ficaria sempre guardado dentro de mim.
O dia passou muito
rápido, mas foi extremante perfeito.
(***)
O domingo passou
rápido, pois trabalhei bastante, e ao final do dia tive uma noticia não muito
boa.
_Ana vou me
ausentar por alguns dias.
_Porquê Edward?- eu
fazia um biquinho enrolada nos lençóis.
_tenho que resolver
um assunto pendente.
_Tudo bem, quando
volta?
_Em três dias.
Seriam os três dias
mais longos que passaria desde que vim para oro Valle.
Os dias passaram
vazios, a falta de Edward deixava minha cama gelada, e meu coração apertado,
nunca pensei depender tanto da presença de alguém.
Na quarta pela
manhã, soube que Edward tinha chegado de viajem, mas não o vi e o dia passou
longo novamente.
Mas ao final da
tarde depois de sair de meu turno do restaurante, voltei para a pensão e fui
surpreendida por Edward.
_olá linda.
_Senti sua falta.
Nosso lábios se
encontraram e era intenso como sempre sentir seu beijo, sua mão era urgente e
traçava o contorno de meu corpo como se quisesse decorar cada pedaço dele, ele
sentiu a mesma saudade que senti, era notório.
Quando o ar foi
necessário deixamos os lábios, mas não me desfiz de seu abraço somente abaixei
a cabeça em seu ombro. Nós olhamos como se víssemos
a alma de ambos, o amor transparecendo.
_Senti muito sua
falta, ate de mais do que deveria.
_também,- sua mão
acariciava meus cabelos.- tenho uma surpresa para você.
_Sério?
_Claro, vire-se.
Vereei-me e fui
surpreendida com uma venda em meus olhos.
_O que vamos fazer?
_Nada que esta sua
mente poluída esteja pensando, vamos vou te guiar.
_quem disse que
minha mente é poluída?
_O que você pensou
que íamos fazer?
Eu nada disse,
somente sorri.
_Viu, pensou em
besteira, vamos a surpresa não esta aqui.
Senti ele me guiar
pelas escadas da pensão, entramos em meu carro.
_Ué você pegou as
chaves?
_Sim quando cheguei
fui ate seu quarto e peguei as chaves.
_Esta se
aproveitando senhor Cullen.
Depois de um
caminho curto, ele parou, me guiou, escutei um portão se abrir, e paramos, ele
retirou minha venda, e estávamos diante aquela casa que a alguns dias estava a
venda. Seus olhos me olharam intenso, feliz. Um arrepio passou por mim e olhei
a casa a minha frente.
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