06 fevereiro 2013

CTM Cap 13 O perigo mora ao lado


CTM Cap 13
O perigo mora ao lado.
Chegamos em Oro Valle pela manhã, e tinha de trabalhar urgentemente, depois de deixar minhas coisas na pensão, fui correndo para o restaurante.
_Bom dia senhora Weber.
_Ana, pensei que ia descansar hoje?
_Não quero perder tempo, tenho que por em pratica o que aprendi.- sorri para ela, mas era verdade, não suportaria ficar ali em meu quarto parada sem nada para fazer.
_Aliás senhora Weber tive umas ideias para o festival do fim de semana.

_É verdade o festival, esta vai ser a primeira que você participa Ana, bem  o que pensou para o festival?
_Vi tantas coisas lá, que minha mente esta a mil de ideias, mas tenho que ter sua aprovação.
_Carta  branca Ana, eu vou fazer minha tradicional receita de pimenta, vou ajudar no rodeio também.
_Então deixe que da barraca eu e a Angela cuidamos ,tudo bem!
Antes de começar minhas experiências na cozinha, fui ate o escritório, e deixei em dia os orçamentos, a senhora Weber não leva jeito mesmo para organizar as contas, depois de tudo em seu devido lugar decidi que teria de ir a cozinha e tentar por em pratica recitas novas, eu não trabalhava na cozinha, isto deixava para a senhora Weber mesmo e sua ajudante.
Separei vários ingredientes, e comecei a preparar a massa, o segredo era o molho, mas gostava de prepara a massa caseira.
Como sempre minha coordenação não era bem minha amiga, e quando percebi o pote de farinha caiu todo .
_Ana!!! O que é isso?
_Angela! Nem vi que entrou, menina sou eu tentando cozinhar.
_Bem se o prato for você a milanesa, esta perfeito.
Rimos juntas, bem vou continuar e arrumar isto antes que sua mãe queira desistir de me deixar fazer um prato para o festival da pimenta.
_Ana, você tem visita!
Meu coração bateu a mil por hora, como? Quem me visitaria?
_Angela só pode ser um engano, eu não conheço ninguém...- eu atropelava a s palavras, meu coração estava a mil, e vária imagens passaram por minha mente, inclusive de Cristian.
_Ana Calma, você lembra-se da noite passada no jantar de encerramento da feira de culinária?
_Sim lembro-me, mas o que tem  haver?  -Angela me olhou maliciosamente.
_Você não lembra-se de ninguém lá, um certo homem misterioso que se disse escritor.
Lembrei-me do companheiro que Jessica estava, o estranho e sedutor Edward.
_Não! Ele ?- Angela assentiu com a cabeça.
_Exatamente ele, e esta aqui e quer te ver.
_Eu?! – meu espanto foi grande.- não Angela nãop posso ir ate lá, não deste jeito.
_Calma, Ana, vá só ate o balcão, não vai aparecer seu estado total, e eu já falei que você estava e já vinha.
_Te mato, Ang.- fui meio contra a vontade.
_Pois não!
_Olá, Ana, é esse seu nome, sim?- perguntou ele colocando sua mão em seu queixo, involuntariamente meu olhar seguiu seus movimentos.
_Sim, o que faz aqui?- sabia que estava sendo grossa, mas porra o que ele queria comigo.
_Bem vocês me disseram que eram de Oro Valle eu buscava uma cidade pequena e tranquila para passar um tempo e terminar meu manuscrito.
_E queria falar comigo o porquê?- neste instante minhas mãos foram a minha cintura, eu parecia estar sendo mal educada, mas na verdade por dentro eu estava totalmente desconcertada.
_Bem Jessica mencionou que você também venho para cá para escrever então pensei em conversar.- segui novamente com o olhar seus dedos, ele saiu de seu queixo, e desceu ate o balcão, meus olhos estavam fixos no movimento era como se tudo estivesse em câmera lenta, ele batia cada dedo no balcão, como se estivesse nervoso e impaciente, como se quisesse mais  do que simples respostas rudes.
Estava me sentindo mal por estar naquele estado, então meu humor não era muito bom, meu tom saiu meio grosso.
_Olha, esta vendo que no momento estou trabalhando, mas quem sabe mais tarde.- cruzei meus braços e o encarei, tirando meus olhos de sua mão, que encantava eu estava com algum problema , pois nunca uma mão me trouxe tantas imagens como aquela.
_Desculpe então, nos vemos por ai.- ele ficou visivelmente frustrado com minha resposta curta, e me encarou com um olhar que parecia me despir por completo.
Ele sentou e vi Ângela levando um pedido para ele, ele iria comer ali, voltei para dentro da cozinha completamente envergonhada da situação.
_Que ódio!-“ coloquei a mão em minha cabeça, tentando organizar o que acabara de acontecer.
_Que foi Ana?
_Ai este homem, o que ele quer comigo, não foi com  Jessica que ele dançou?
_Ana, mas não foi da Jessica que ele gostou, e isto esta na cara.
_Deixe para lá, vou voltar a cozinhar e distrair a minha cabaça.
Voltei para a massa, mas só o que conseguia era ter  a minha mente cheia de imagens nada puras com o senhor escritor.

Depois de terminar a massa e experimentar vários molhos picantes, cheguei a um que estava perfeito, fechei o restaurante após deixar todas as contas em ordem,  voltei a pensão.
_Boa noite Ana.
_Jessica!- e ai tudo em ordem.
_menina você nem sabe quem esta aqui, e veio se hospedar justo aqui.
_Sei Jess, já me encontrei com ele no restaurante.
_Ana, ele não é incrível, nem chega aos pés deste caipiras da cidade aqui, aquele olhar parece ate ator de cinema.
Ri da forma como Jessica se comportava, parecia uma adolescente encantada.
Subi ao meu quarto, e retirei a roupa que estava lastimável pela poeira de farinha, e entrei no banho.
A água relaxava meus músculos, e eu só conseguia pensar em Edward e seus olhos verdes, passei a mão por meu corpo, e pensei como um homem tão lindo veio parar aqui justo em Oro Valle, quando fugi nunca pensei em um dia se interessar assim por alguém, mas eu ainda era mulher e jovem meu corpo tinha necessidades e desejos,
Quando percebi minha mão estava passando em partes intimas, onde naquele momento eu queria somente a s mãos de Edward .
“Meu Deus” o que estou pensando, tratei de ajustar a água para o mais frio, e tentar retirar tais imagens, mas de nada adiantou, meu corpo era uma bomba de desejo pronto a explodir.
Por mais que minha vida fosse repleta de restrições e eu fosse submetida a ser uma submissa, Cristian sempre me proporcionou orgasmos além do imaginável, e depois de seis meses era obvio que meu corpo implorasse por alivio.
Minhas mãos desceram e meus seios estavam duros, sim sentia que ali faltava um roçar de barba, um cheiro masculino, eu implorava por tal sensação, meus dedos chegaram a minha intimidade, e sentia que a umidade de leva chegava, não era como imaginar os dedos de um homem, lembrei-me das mãos de Edward no restaurante, seus dedos tocando o balcão, seus movimentos, e se aqueles dedos estivessem em mim neste momento, deixei fluir as imagens e quando dei por mim e introduzi dentro de mim dois dedos, eu já estava em estado de alivio imediato, foi um orgasmo rápido e intenso, nada comparado a um orgasmo que um homem me proporcionasse, lembrei que em minhas displicências de vontade eu tivera Mike a um tempo atrás, e hoje estava aqui tendo que me contentar com uma masturbação e imagens somente.
Depois de tomar um banho completo, me senti levemente culpada por ter me masturbado com as imagens de Edward, o homem cujo nada eu sabia, um homem que estava somente de passagem.
Isto me deu ideias, mas as retirei da mente, o perigo era meu perseguidor, e eu não podia jogar assim, eu era uma  mulher sem passado, uma lacuna, e não podia colocar ninguém nesta vida.
Sai enrolada em uma toalha e fui ate o quarto, quando entrei me deparei com alguém girando a fechadura, e a porta se abril.
_Ow, esta entrando no quarto errado.
_Desculpe. -Edward estava entrando com algumas malas em mãos, e virou-se imediatamente e tentou se desculpar, procurei imediatamente algo que me cobrisse mais, percebi que antes de se virar Edward deu uma boa olhada em mim, o que me deixou completamente corada.
_Por que entrou em meu quarto?
_Bem a senhora Staley acabou de me dar a chave e disse quarto 11, mas eu tentei entrar e nada da chave abrir, então testei nesta porta e deu, então achei que ela tinha se confundido e eu iria ficar no 10.
_Bem ela te deu a chave do meu quarto.
Ele continuou ali parado de costas, eu comecei a rir.
_Bem, eu te aconselho ir La e trocar, de chave, e me deixar colocar uma roupa.
-Desculpe novamente.
Ele saiu não consegui olhar seu rosto, mas podia jurar que ele saiu rindo.         
Depois de colocar uma roupa desci para dar uma volta na cidade talvez Ângela queira tomar um sorvete na praça, algo do tipo, estava acostumando com a vida simples e sem complicações de Oro Valle,
Desci, e fui direto a recepção tentar falar com a senhora staley.
_Ana, desculpe o mal entendido querida, quem cuida das chaves é a Jessica, e ela deu uma saída na hora.
_Bem Istoé porque minha mãe deve precisar de óculos, ela entregou a chave reserva do 10,ao invés da do 11, que mancada.
_Jessica nem esquente, sua mãe só se confundiu.
_Vai sair querida?- a senhor Staley era um amor, ma era difícil sair sem ter que dar o relatório completo para ela, ou na saída ou na chegada.
_Vou tomar um sorvete a cidade esta quente.
_Boa noite- a voz atrás de mim era inconfundível , rouca e doce, ele pigarreou, o que me fez tremer e ter que me apoiar no balcão da recepção.
Senti meu rosto esquentar e corar, lembrando da cena de mais tarde, o meu banho e depois ele entrando em meu quarto, o que me fez ficar parecendo um pimentão.
_Boa noite.- Jessica dependurou seu corpo inclinando-se em sua direção,ela não escondia sua admiração por ele.- Vai sair?
Sua pergunta soou igual sua mãe, ela estava indo no mesmo caminho, a indiscrição em pessoa.
_Queria dar uma volta na cidade, conhecer um pouco.                        - meus olhos novamente acompanhavam o traçar de seus lábios, ao falar, e imagens possuíam minha mente poluída alias, mas tentei desviar.
_Posso te acompanhar- Jess se oferecia.
_Não mesmo filha, eu tenho que ir a casa da senhora Weber temos que organizar coisas do festival e você tem que cuidar da recepção.
Jess ficou decepcionada, eu tentei evitar a conversa e ia tentar me desviar.
_Mãe, você é uma estraga prazer.
_Ana! Ela ia sair tomar um sorvete, ela pode te levar.- Senhora Staley nm imaginava que eu tentava fugir de estar perto dele.
_Eu, não, vou me encontrar com Angela agora e bem...
_Que isso Ana, a cidade é pequena, leve o senhor..
_Edward somente!
_Isso Edward- ate a senhora Staley era enfeitiçada por aqueles olhares dele.- Leve-o ate a praça, ele deve estará com calor também um sorvete iria bem.
O sorriso da Senhora Staley  contrastava com a cara de desapontamento que Jessica fez.
_Tudo bem.-disse ainda irritada com a situação.
Saímos caminhando, como tudo era calmo e tranquilo e perto eu quase não usava o carro.
_Bem, Ana, você realmente não gostou de mim!
Aquela afirmação me pegou de surpresa, o encarei e tentei entender de onde ele tirou isso.
_Eu? Porque pensou isso?
_Nada de mais seu jeito, suas reações a mim, hoje pela manha no restaurante, agora não querendo sair comigo.
_Há, vai dizer que você não percebeu que a Jessica esta caidinha por você, eu estava me sentindo mal por ela, e hoje pela manhã fui pega desprevinida.
_Sim claro a mãe dela praticamente estava te jogando para cima de mim.
Rimos juntos da situação, decerto a Senhora Staley percebeu também o comportamento de Jess e por conhecer a filha queria ela longe de estranhos.
_Bela amiga a senhorita Staley.- bufei
_Viu, não esta gostando do fato de estar comigo.
_Edward, eu mal o conheço e você também não sabe nada sobre mim para ir fazendo suposições, pela manha você me pegou em um momento crítico.
_Sei, acho que estava lutando com a farinha na cozinha.
Ri lembrando que estava toda suja de farinha quando ele me viu, e depois somente em uma toalha.
_Acho que não tivemos momentos muito bons ate agora, na verdade eu somente estive em situações constrangedoras.
_Deixemos isto de lado.
Chegamos a frente do restaurante.
_Vai trabalhar?
_Não Angela mora atrás do restaurante, vou chama-la só um minuto.
Entrei pelos fundos e chamei por Angela.
_Ana!
_Senhora Weber, quero falar com Angela.
_Ela acabou de ir a praça com Bem, ele a convidou para tomar um sorvete.
_Tudo bem , acho que encontro ela lá, ate mais.
Sai de La com o coração na mão, teria eu aguentar mais um tempo de caminhada com o senhor escritor gostosão.
_Onde esta sua amiga?
_Ela já esta lá, vamos é por ali.
Por um momento ficamos calados, eu somente escutava os paços de minha sandália na calçada, e seus paços largos, a respiração de ambos estava intercortada, e ofegante.
_Cidade grande nos deixa preguiçosos.- Edward comentou por perceber que seu fôlego estava se esgotando.
_Sim, eu já me acostumei.
_Bem e você escolheu morar em uma cidade pequena assim do nada.
Era uma pergunta pessoal, mas estava cansada de ser grossa com ele, na verdade ao estar ali em seu lado minha vontade era de me atirar em seus braços longos, e dizer a verdade de cara, ele parecia aqueles homens que defenderia sua amada a todo custo, mas retirei este pensamento, suspirei e voltei a minha história de sempre.
-Depois que meus pais morreram,eu decidi me mudar para algum lugar pequeno,vim para cá para escrever meus livros.
-Também sou um escritor.-isso me surpreendeu,mas não falei nada.
Fiquei em silêncio,olhando para a rua iluminada pela luz do luar,uma lua crescente,o vento sacudiam meu cabelo para o lado,dando uma visão de meu perfil para Edward.Algumas lembranças de Christian vieram em minha mente,balancei a cabeça tentando espantar os pensamentos e fixar no agora,em Edward.
-Err... quer tomar um sorvete?-perguntou indeciso.
-Claro.-falei antes de processar ao mesmo o que ele disse, era o motivo pelo qual sai, mas deixei a redundância de lado e o segui.
 Ele indicou o caminho e o seguimos.A sorveteria se chamava "Day or Night",as paredes pintada de branca e letras de preto e uma leve sombra vermelha,era um lugar pequeno,porém espaçoso, sentamos em uma mesa com duas cadeiras,as mesas brancas e cadeiras vermelhas. Tentei achar Angela, mas sem sucesso.
-Qual sorvete,Ana?
-Humm...morango.
-Vou busca-lós.-Depois que ele voltou com os sorvetes,comemos enquanto conversamos amenidades,animadamente até eu,a desastrada,derrubar o meu sorvete de morango nele,tentei me desculpar e comecei a limpar,ele me ajudando.
Sua mão tocou sobre a minha e nossos olhos se conectaram,naquele momento uma corrente elétrica passou por nós,ali só havia eu e ele,nós,ele foi se aproximando lentamente,sentia sua respiração cada vez mais perto. Seus olhos jamais desconectado dos meus,nossos lábios a distância do sabor.
-Espero não estar incomodando!-Ouvi a voz de quem menos queria,estragando meu momento,mas ao mesmo tempo me fazendo voltar a minha sanidade.




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