Ctm cap 16
Secrets
_O que você esta falando?
_De você sua vadia, se jogou em cima de Edward, mesmo
sabendo que ele era meu.
_Seu? E quem impôs isso? Garanto que não foi ele.
_Eu aqui me abrindo com você e me apunhala pelas costas,
todos viram seu descaramento ontem com ele, e sei que passou a noite em seu
quarto.
_Jess, me desculpe, mas não é da sua conta, bom dia e passar
bem.
Fui virando em direção aporta e nem dei bola para o que ela
dizia, não devia explicações de minha vida a ninguém.
Segui em direção ao restaurante, aos domingos ele abria mais
tarde, no entanto as horas estavam perdidas para mim, entrei e senti que o
cheiro de panqueca estava no ar o que indicava que o café da manha ainda estava
sendo servido.
_Ana, pensei que fosse seu dia de folga?
_É sim Ang, mas vim buscar café- olhei ao relógio que
indicava 10:45, - Bem antes que acabe a hora.
_Deixe de ser boba para você não tem hora, bem vou preparar
um capuchino.
_Ang pode ser dois- não havia perguntado a Edward que tipo de café ele gostava então decidi
levar o mesmo que o meu.- e uma porção de panquecas para viagem.
_Dois? Ummm, vejo que alguém não passou a noite sozinha.-
ela completava o copo de café e mesmo virada para a maquina de expresso pude
perceber seu sorriso.
_Não Ang, não passei sozinha.
_Bom, devo esperar segunda para ter os detalhes?- Ang era
discreta, motivo ao qual contei a ela meu segredo.
_Segunda.
Peguei meu pedido, e voltei à pensão, antes de passar pela
porta de entrada respirei fundo, não queria, mas era inevitável o encontro com
Jessica.
Entrei e não olhei para recepção, mas fui interrompida.
_Ana!- girei com os calcanhares, e vi a senhora Staley na
recepção.
_Bom dia senhora Staley.
_Bom dia Ana, querida, não ligue para Jessica, quanto a você
e o rapaz novo saiba que sempre soube que você foram feitos um para o outro.
Sorri em resposta e subi ao meu quarto, entrei e a as coisas
estavam diferentes, os lençóis estavam arrumados, os travesseiros na cama, o
que não mudara foram minhas roupas que estavam espalhadas como sempre, escutei
uma movimentação no banheiro.
Edward saiu dele, com os cabelos molhados, seu peito nu,
estava enrolado na toalha, a mesma que o arrumei para ele na noite anterior,
sorri para aquela visão perfeita.
_Gosta do que vê?- ele perguntou com ar de malicia, passando
as mãos entre seus cabelos.
_Muito, trouxe nosso café, vamos comer?- tentei retirar
algumas bagunças da pequena mesa que tinha no quarto perto da janela.
_Domingo, o que quer fazer?
_Não sei, vamos ver, sexo.
_Isso eu gostei, mas seria estranho ficarmos o dia todo no
quarto, sabe que cidade pequena ate as paredes tem ouvidos, e a família staley
não tem uma boa reputação quanto a fofocas.
_Tudo bem, então o que sugere Ana?
_Sua ideia é boa sexo, depois almoçar...
_Bem o problema é que se começarmos não consigo parar.
_Percebi, - ri para ele levando meu copo e café a boca.- bem
podemos dar uma volta na cidade, depois almoçar e ai sexo.
_É bom dar uma volta, preciso visitar a farmácia acabaram
meus preservativos.- corei instantaneamente.
_Posso te fazer uma pergunta?
_Claro.
_Porque trouxe tantas ontem, não que esteja reclamando, mas
imaginou que poderia acontecer?
_Ana- ele sorriu torto levou seu copo de café a boca, e
continuou sorrindo- quando fui ao festival ontem estava certo do que queria, então
preveni, e na verdade ando a semana toda com elas em meu bolso espero aquela
oportunidade.
_Convencido!- gargalhei intensamente com a ideia, claro que
um homem esperava isto, mas o fato de saber disso me deixava desconcertada.-
ficamos fazendo planos, mas talvez você queira escrever.
_Não, escrevo durante a semana quando você trabalha.
(***)
Edward foi ate seu quarto trocar de roupa, o engraçado foi o
ver correndo somente de toalha, mas como seu quarto era do lado do meu isso não
teve problemas, resolvi trocar de roupa, e observei várias marcas roxas pelo
corpo sorri para meu reflexo no espelho.
A sensação de alivio e de bem estar me invadia, realmente
estava tendo uma nova vida, e estava aproveitando ao Maximo o que ela me
proporcionava.
Percebi a demora de Edward resolvi ir ate seu quarto, dei
duas batidas na porta e nenhuma resposta, escutei que ele falava, mas estava
sozinho certamente estava ao telefone, testei a fechadura e estava aberta,
entrei e ele estava olhando para a janela.
_Não! já sabe que quando tiver algum resultado vou
informar.- sua voz saia impaciente e alta e sua mão livre agitava seu cabelo
freneticamente.
Observei o quarto era igual ao meu na disposição dos moveis,
mas era visivelmente mais organizado, sua cama arrumada, e em cima de uma
cadeira estavam roupas dobradas, em cima da mesa próxima a janela, um
computador aberto, e vários papeis espalhados, uma mala grande estava ao lado
da mesa, avancei novamente, quando Edward virou-se, o meu espanto foi ao ver a
cara dele.
_Bem devo lhe informar que vou passar pelo prazo, depois se
não houver resultados faço o que foi combinado e me retiro do caso.
Ele desligou o telefone, sua mão foi ao notebook e fechou a
tela rapidamente, ele veio ate mim, seu nervosismo era visível.
_Ana, desculpe a demora eram problemas.
_Prazo do livro?- foi o que deduzi, por ter trabalhado neste
meio sabia que os prazos nem sempre eram o forte de escritores.
_sim, exatamente, vamos.
Ele me conduziu para fora muito rápido, o que me veio à
mente foi que ele deveria querer o cantinho dele preservado, sabia que
escritores tinham manias também então deixei passar.
Saímos pela cidade e fui surpreendida com Edward pegando em
minha mão, fomos ate a farmácia, a qual me recusei a entrar junto.
_Você é quem sabe, mas é a coisa mais normal comprar isso.
_Sei, e ai o senhor Aflen que almoça todos os dias no
restaurante vai olhar para mim sabendo o que vou fazer, não obrigado fico aqui te
esperando.
Esperei alguns minutos ele retornou.
_Pronto, mas Ana eu queria te pedir algo.
_Sim.
_Há odeio estas coisas aqui.- ele ergueu a sacola.
_vocês homens e esta mania.
_vai dizer que você como mulher não sente a diferença.
_Sinto claro, mas acabamos de nos conhecer.
_Bem, eu te garanto ate faço um exame para você se quiser.
_Edward! Não é só isso, é que, sabe há um tempo não tomo
nenhum anticonceptivo.
Realmente depois que sai de casa não tive nem cabeça para pensar
nestas coisas e era Cristian que exigia e cuidava de minhas consultas.
_Entendo.
_Mas façamos assim, esta semana procuro um médico, tudo bem.
Edward parou em minha frente e me surpreendeu com um beijo.
Caminhamos um pouco e voltamos ate o restaurante, já eram
quase duas da tarde, o que deixava o lugar tranquilo, sentamo-nos ate Ângela
chegar.
_Olá para vocês, Ana, Edward, oque vão querer?
_Massa, e se ainda tiver o molho que Ana fez no festival,
fiquei de comer.
Sorri em resposta a ele.
_Temos sim, vou mandar preparar para vocês.
_Não Ângela, para mim somente molho branco chega de pimenta.
Ela se retirou, havia um mistério no olhar de Edward, queria
fazer-lhe tantas perguntas, mas não sabia como agir, uma cumplicidade exigia
uma troca de detalhes, os quais eu não podia lhe fornecer, como descobrir algo
de alguém se você mesmo é uma incógnita?
_O que esta pensando Ana?
_Em você.
_bem, não sou muito interessante.
_Sim é, mas queria entender mais sobre você, só que...
_Só que você não quer que eu entenda mais sobre você.
_Não é isso, bem como posso explicar, veja bem, não posso
Edward, eu já te disse sou uma garota sem passado, o que vivi quero deixar para
traz.
_Façamos assim, também quero isso Ana, e Só Deus sabe que
posso te entender perfeitamente, por isso proponho um acordo.
_Um acordo?
_Sim, vejamos você não quer que seu passado a atormente, e
entendo e te apoio, não quero saber também, não importa.
_Como não importa?- era tão fácil conversar com Edward sobre
isso, ele estava realmente sincero em relação a isso.
_Ana, importa o que sinto por você, importa o que você é,
importa o que somos um para o outro.
_Sim continue e o acordo?
_Então, saiba que te entendo, pois não é a única com
problemas com seu passado, quero uma nova vida Ana, e vejo que posso conseguir,
então o acordo é o seguinte, esqueçamos o passado de ambos, comecemos do zero
você e eu, vida nova, a única coisa que importa é o agora.
Senti meu peito apertar, mas não de dor, um nó em minha
garganta deixou difícil de respirar por um instante, era tudo que eu queria,
era tudo que precisava, era com se Edward estivesse caído do céu, um anjo
alguém que não existe.
_Concordo, sem passado, só Edward e Ana.
Nossos pratos chegaram e comemos por um instante em
silencio.
Voltamos à pensão e passamos a tarde juntos, à noite
decidimos ir ao cinema.
Uma coisa que descobri com cidades pequenas era que os filmes
chegavam atrasados, mas como nunca fui muito de filmes e Edward pelo visto
também não, assistir qualquer um era interessante, pois o que importava era a
companhia.
Durante o filme peguei no sono, e Edward teve que me chamar
atenção várias vezes, deitei a cabeça no ombro dele, e ele manteve seu braço em
meu ombro, acariciando, sua mão decidiu traçar contornos mais intensos, no
entanto, o fim do domingo deixou a sala de cinema lotada, o que não deu
oportunidade dos tradicionais “Amassos “ no cinema, mesmo no inicio dos
créditos nos levantamos para sair.
Edward tentava sustentar meu peso, pois estava sonolenta,
viramos a esquina em direção à pensão e havia um beco, Edward sussurrou em meu
ouvido.
_esta cansada?
_Um pouco.
_Que pena- ele me conduziu ate o beco e encostou minhas costas na parede, e ficou em minha frente- eu
tinha planos.
Ele chegou com sua boca em meu pescoço, sentia sua barba
rala, o que me despertou imediatamente, o puxei para um beijo, que se tornou
quente em instantes, ele ergueu minha perna esquerda envolvendo em sua cintura,
aquilo estava indo além, ate decidir parar e pegou novamente em minha mão
conduzindo-me pela rua.
_O que foi isso?- perguntei quando andávamos.
__Só queria ter certeza que podia te despertar- podia ver
seu sorriso malicioso de lado.
Seguimos a pensão, e
novamente ficamos em meu quarto, podia ver uma rotina nova formando-se em minha
vida.
(***)
_Bom dia Ana.
_Angela, como foi seu fim de semana?
_Acho que o seu foi melhor, Bem teve que se ausentar da
cidade e fiquei ajudando a mãe aqui no restaurante, mas você vejo pelo seu
olhar de felicidade que foi bem melhor.
_Ang, nem fale, parece que estou sonhando, tenho ate medo do
que possa acontecer.
_Deixe de ser boba, aproveite, olha quero te dar uma dica,
já que esta neste clima todo ai parece que é namoro, então aqui próximo a
cidade tem um campo ótimo para um piquenique, sei que é programa simples.
_Que nada é uma ótima ideia, onde fica?
Angela me passou certinho as coordenadas do tal campo, e
decidi que seria meu próximo programa com Edward, queria aproveitar, sim ter
uma vida saudável e normal, um namoro simples, cinemas passeios piqueniques, era
tudo que queria, e parecia que Edward queria o mesmo.
No horário do almoço Edward estava no restaurante, mas com o
caixa para cuidar não podia dar-lhe
atenção, porém seus olhares eram intrigantes.
(***)
Realmente a rotina estava formada, pois a semana passou e
nem ao menos percebi que Edward agora ia a seu quarto na pensão somente para
escrever, creio eu, pois a todo tempo livre estávamos juntos, no mercado, no
restaurante, na sorveteria, na praça, na casa de Angela, tudo era novo e
interessante, nossas noites passavam longe de nossa primeira, agora sabíamos
que podíamos dormir e acordar ao lado um do outro, o que nos dava tempo para
aproveitar, e também para desfrutar de cada detalhe.
Descobri algumas manias de Edward, como ele gostava de
dormir Nu, precisava de dois travesseiros, um deles ele colocava entre as
pernas, decidi por deixar esta mania, pois seria ou o travesseiro ou meu corpo,
não que fosse ruim ter sua perna envolta de mim, mas é que era desconfortável,
eu tinha minhas manias ao dormir, e uma delas era me debater, e a cama do
quarto estava pequena para nós, sabe que aquela história de dormir de conchinha
não funciona, então estava com uma dor nas costas que incomodava.
Pela manhã Edward tinha sempre um sorriso, mau humor matinal
não era com ele, diferente de mim, que demorava acostumar com o dia, Ele
aprendera a respeitar isso, como eu aprendera a lidar com a boca suja dele que
descobri ser uma mania pertinente.
Jessica não falava mais comigo, no entanto
fazia questão de cumprimentar Edward em minha frente, nunca fui fadada ao
ciúme, então deixava passar.
_Edward sábado vou trocar a folga com Angela, pois Domingo ela
quer sair com Bem que vai estará de volta, então faremos um programa diferente.
_Qual?
_Surpresa!
Falei para ele na sexta a noite antes de irmos a casa do
senhor Tompson, Tompson Norton era dono da livraria da cidade e tinha nos
convidado para jantar em sua casa depois de saber que tanto Edward como eu
éramos algum tipo de escritores amadores como dizia.
_Ana estou nervoso.
_Você, o senhor auto estima esta nervoso?
_Olha Ana, tenho que confessar uma coisa, esta coisa de
escritor é um hobie, e nem sei se vou levar a diante.
_Senhor Cullen, bem que desconfiei, lidei com muitos
escritores em minha vida e você não é nada parecido com nenhum, mas não se
preocupe o senhor Norton só esta querendo especular, curiosidade somente.
Terminei de colocar meus brincos, e Edward deu os últimos
ajustes em sua gravata,estava lindo e perfeito, saímos e ao descer encontramos
o olhar inconveniente de Jessica, desta vez ela me cumprimentou, retribui, e
saímos.
Edward abriu a porta de meu carro, deixei-o dirigir, a casa
de Tompson não era longe, mas não era muito bom andar com o salto que decidi
colocar.
Meu vestido vermelho, o mesmo que usei na feira a qual
conheci Edward.
Chegamos e era impressionante, a casa era de estilo do
antigo século, bem iluminada, ele era um senhor de idade que ao aposentar-se
decidiu morar em Oro Valle, e abriu a sua livraria.
Ele era amante das artes, e conheceu Edward no dia do
festival da pimenta.
_Boa noite meus queridos, como esta linda Ana.
_Obrigado senhor Norton.
_Somente Tom minha querida.- ele retirou meu casaco, o
colocou no armário, Edward fez o mesmo com o dele.
_Posso lhes oferecer uma bebida?
_Claro.
Edward respondeu, entramos na sala principal e fomos
servidos.
_Meu caro Edward que tipo de literatura você escreve?
_Estou no inicio de meu livro, é uma aventura escrever, mas
me concentro em uma história policial.
_Interessante, não vou especular muito, pois sei que
escritores tem suas manias e segredos, e você Ana querida se aventura em que
área?
_Bem, eu também ainda é um projeto, mas sou uma romancista,
sempre fui inspirada na época de escritoras como Jane Austin.
_Uma revolucionaria para sua época.
A conversa fluiu bem, o senhor Thompson era uma companhia
agradável, mas eu fui quem conduziu a conversa toda, ele nos levou a biblioteca
e mostrou seu acervo de raridades edições especiais, e originais.
_Boa noite meus caros, espero poder fazer isso mais vezes.
_Boa noite.
_Interessante este Senhor.
_Edward, é uma cidade pequena, as pessoas são assim, querem
se relacionar, te dar bom dia, boa tarde e boa noite, nada comparado com a
frieza de cidade grande.
_A vida aqui é muito simples, mas é ótima.
Ao virarmos uma das esquinas em direção à avenida principal
que levava a pensão, avistamos uma casa, e nela uma placa de vende-se.
_Um dia quero fixar raízes aqui, morar na pensão sempre não
é meu plano.
_Ana, o que te impede?
_Medo.
_Medo? Do que?
_De estar achando que esta tudo bem, viver e ai quando menos
esperar tudo acabar.- olhei atentamente para fora da janela, meu pensamento
longe, imaginando e se um dia Cristian me achasse, e se tudo que estou vivendo
não passe de um sonho.
_Ana, pare com isso, não subestime o poder do destino.
Subimos ao meu quarto, retiramos nossos casacos e
depositamos na cadeira,Edward pegou em minha mão encarou meus olhos.
_Ana, não esqueça, eu estou com você agora, e vou te
proteger, não importa do que.
Olhei nas esmeraldas intensas que eram os olhos de Edward, era
incrível como mesmo sem saber de meus medos ele conseguia me transmitir esta
confiança.
Deitei minha cabeça em seu ombro, e senti-o acariciando meus
cabelos, Edward pegou meu rosto entre as mãos e beijou-me ternamente.
O beijo ficou intenso, e eu retirei seu terno, deixando cair
aos seus pés, desfiz o nó de sua gravata fiquei com ela nas mãos enquanto ele
retirava sua camisa, e desabotoava sua calça.
A gravata continuava em minhas mãos, Edward
tinha a mania de sempre se ajoelhar em minha frente, e retirar meus sapatos,
aquela visão era linda, mas naquele momento algo em mim estava crescendo era um
desejo, uma ideia, algo estranho.
Edward beijava minhas pernas expostas pelo vestido na altura dos
joelhos e estava prestes a chegar à fivela de minha sandália salto alto, a gravata
em minha mão era uma arma, peguei nos cabelos de Edward, e um desejo se alojou
em mim, puxei fazendo ele me encarar , mordi os lábios, e levantei gravata acima da sua cabeça.
_Deixe as sandálias Edward, eu quero jogar um jogo hoje.
ta maravilhoso
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