24 junho 2013

CTM Capítulo 35- A Viagem da vitória

CTM

cap35

POV Cristian

A Viagem da vitória


“Uma identidade pode não ser totalmente definida, quando se trata de segredos escondidos.”

Depois de sair de malas feitas fui em direção à casa de Leila, eu podia ser um idiota alucinado novamente, mas minha vida estava uma merda, eu culpava Isabella, mas no fundo o culpado era eu mesmo.

Pelo simples fato desta minha loucura por ela, sim, pois hoje eu vejo que na verdade eu estava apaixonado, mas pelo poder pela vontade de dominação e o desafio, Isabella era indomável e isso era excitante, é excitante até hoje, eu ainda tenho essa vontade de dominá-la de mostrar a ela como um dom é realmente.


Mas por hora estou querendo paz, estou querendo manter este meu mundo que redescobri. Leila sim é uma submissa, no entanto eu sabia que ela é irmã de Jake, e sim ele foi um dos subs de Helena, filho do homem que matou minha mãe, Leila também, mas eu iria a fundo nesta história, esta viagem ia me proporcionar isso.

– Senhor Grey?

Ela me olhou com espanto assim que me viu em sua porta sendo que havia saído daqui somente algumas horas.

– Posso entrar?

– Claro.

Entrei. Ela tinha tomado um banho, estava com uma roupa mais confortável.

– Voltou, por qual motivo?

– Vamos viajar.

– O que?

– Sim vamos para longe, eu necessito disso.

– Eu... Eu nem sei o que dizer.

– Na categoria de sub Dom estou mandando e não pedindo.

Ela parou e pensou.

– Eu tenho algo que necessito te falar.

– Leila, eu não quero agora, vamos viajar a muito que se por a limpo!

– Não, eu vou viajar com você, mas antes eu necessito deixar claro algo.

Pensei um pouco, por mais que fosse minha submissa ela queria falar algo e por sua expressão era muito importante.

Então eu concordei, ela caminhou até a cozinha e logo voltou com um DVD.

– Vamos ver um filme de culinária agora?

– Não.

Ela somente se virou eu sentei-me em sua sala, e ela colocou o DVD no aparelho e ligou a TV.

Ela se afastou e cruzou os braços.

As imagens abriram, eram as imagens de nós dois na noite passada, sim estava tudo gravado, ela estava ali sendo dominada e dava claramente para ver meu rosto, quem eu era.

Aquilo... Aquilo... Não o que ela queria, chantagem? Sim eu deveria saber ela está junto com seu irmão, o que eles querem?

– Isso é um ultraje, o que você quer? Dinheiro? Estava planejado?

Eu esbravejava e fui a sua direção ela desviou o rosto, mas eu nada fiz somente peguei em seus braços e com força além do normal.

– Hein?! me diga o que você pretende? Quantos sabem deste DVD? Quanto vocês querem? O que querem?

– Calma. - Ela simplesmente disse isso. - Eu não quero nada, somente que me escute.

Eu a soltei respirei fundo e olhei em seus olhos ela estava com lágrimas agora em meio a o seu olhar de assustada.

– Fale. - Falei grosso e imponente, mas continuei a encarando.

– Meu irmão instalou as câmeras, ele e seu amigo.

– Então é uma gangue?

– Eu pedi se posso falar.

– Continue.

– Era parte de um plano de vingança, ao qual se referia a Helena.

– Sei esta parte está bem explicada assim que seu irmão revelou toda a verdade de Helena na festa.

– Sério isso? Ninguém me disse nada ainda. - Ela estava pensativa agora, mas levantou a cabeça e continuou.

– Veja que nem está bem informada por sua gangue.

– Isso não é uma gangue, estávamos atrás de justiça, aquela vadia miserável acabou com a vida de meu irmão.

– E sua?

Ela sorriu.

– Bem o meu caso é diferente, mas meu irmão, eu só o vi feliz uma vez na vida e foi com sua irmã, olha essa vingança já era ela não andou como planejado, primeiro meu irmão se apaixona por Mia, o alvo da vingança.

– Isso vocês queriam derrubar Mia, bem conseguiram ela está bem derrubada depois do que houve.

– Mas isso é ruim, meu irmão não iria querer ela machucada assim como não quero mais você.

– O que?

– Parte do plano era desmascarar este mundo em que vivem, e para isso as gravações.

– Mas você aparece nelas também!

– Eu sei, e eu nem me importaria de aparecer, o fato é que não posso mais fazer isso, não agora.

– Agora? Por quê?

Ela suspirou olhou para mim e continuou.

– Eu sou uma submissa, Senhor Grey, e não por obrigação eu gosto, isso é um fato, mas me afastei deste mundo depois que meu irmão quase enlouqueceu com a morte de nosso pai, ele se enforcou na cadeia.

– O desgraçado matou minha mãe!

– A mando de Helena, ele a amava ele era um submisso dela, patético, mas somos a família da submissão.

– Não fale desta forma parece degradante.

– Eu sei, e foi o que pensei durante um tempo, eu não queria mais até...

Ela deu uma pausa e se virou para janela.

– Até? Continue.

– Até eu sentir novamente o prazer, até eu sentir o que ele proporciona as mãos de um bom Dom, daquele que sabe o que é o prazer.

Entendi uma parte do que ela estava dizendo, ela sentiu algo diferente assim como eu senti, mas ainda estava confuso tudo em minha mente rodava, mas mantive-me firme esperando ela terminar de contar o que sentia.

– Eu me apeguei isso é puta e maldita forma de dizer isso, mas eu realmente gosto de ser sua submissa, mesmo sabendo que é casado, mesmo sabendo que era somente um plano, mas eu gosto.

Suspirei diante daquela revelação.

– Eu também gosto de te ter como sub.

– É por isso que decidi, eu vou eliminar tudo isso, eu não vou entregar nada a Jake, chega disso, se é como disse Helena já fora desmascarada agora quero paz, e se quiser sair por aquela porta e nunca mais olhar em minha cara eu aceito, saio da empresa, saio de sua vida só não vou fazer mais nada.

Ela estava vulnerável virada para a janela, pelo seu tom de voz estava chorando.

Aproximei-me e não pude me conter eu estava neste impasse igualmente como ela, dois corações confusos, duas pessoas dentro deste mundo. Tínhamos mais em comum do que imaginávamos.

Segurei em sua cintura e a virei, fixei-me em seus olhos marinados, e afastei seus cabelos, a puxei em um beijo, eu não sabia mais o que sentir, o que fazer eu somente agi pelo meu impulso.

Meus lábios estavam aos dela, e ela me abraçou apaixonadamente nunca havia sentido tal sensação de conforto e de prazer juntos, ela estava me completando, sim como nunca me senti completo nos braços de alguém.

Mas parte de mim andava confuso, e minha viagem inicial ia estar de pé, pois eu necessitava deste tempo de luz para colocar minha mente no lugar.

Quando o ar foi necessário, nos afastamos.

– O que faremos agora?

Ela perguntou de cabeça baixa eu levantei seu queixo com meus dedos.

– Vamos viajar!

(***)

Estávamos desembarcando no aeroporto eu usava um chapéu e óculos escuros disfarçando minha aparência, pegamos um taxi depois eu alugaria um carro.

Chegamos ao hotel, Leila estava cansada então a deixei dormir, mas durante seu sono eu peguei algumas coisas as quais eu consegui trazer, pois alguns objetos não passariam nas malas, mas preparei tudo. Fui ao banho.

Eu queria deixar minha mente relaxada, me livrar de tudo do mundo lá fora, nossos celulares era o combinado deixá-los desligados.

Nós dois havíamos combinado que o mundo lá fora não existia, e somente nós, ambos com passado parecido, ambos adeptos do mesmo estilo de vida contrário e sim opostos que se atraem, uma gostando de ser uma submissa e eu um dom.

Durante a viagem ela se abriu e eu também, nunca falei de minha vida pessoal a alguém como falei com ela.

Voltei até ao lado dela na cama, ela estava acordada e olhando para o nada, pensativa.

– O que está pensando?

– Em tudo que conversamos, e como duas pessoas podem se encontrar em meio a uma bagunça e ser tão completo e tão certo, mesmo sendo errado.

– Diz isso pelo fato de eu estar casado?

– Sim, não posso negar que me incomoda, não posso fingir aceitar.

Passei as mãos em seus cabelos nós dois estávamos abrindo mão de alguma coisa naquele momento. Ambos deixaríamos o outro ver o interior secreto que nos assombrava.

Ela sentou-se na cama meus braços deslizaram em torno de seu corpo quando ela estava diante de mim e eu a puxei para o meu colo. Ela era tão delicada e pequena. Toquei seus cabelos, acariciei seus ombros, deixei minhas mãos descansarem em sua cintura. Eu suspirei e deitei minha cabeça em seu peito, aspirando o cheiro delicioso que emanava de seu corpo.

Ela agarrou meus cabelos e por um breve momento queria erguer minha cabeça e esmagar meus lábios nos dela. Não para esmagar – para saborear. Para provar sua boca e explorar seus lábios.

Mas, tínhamos tempo de sobra, esta viagem nos trazia uma oportunidade única: a libertação de minha alma aflita com tudo que houve. A descoberta de tudo o que Helena fez.

Minha dor, ao saber que não conseguia desapegar de Bella, e não sei se seria capaz de deixa-la ir somente por meu capricho

Queria extravasar colocar tudo pra fora. Virei a cabeça e levei um mamilo em minha boca, correndo minha língua sobre a camisola transparente, que ela vestiu após chegar e tomar um banho.

Eu me afastei e olhei nos olhos dela.

– Eu quero você. Agora Leila. É a única maneira que eu conheço para expressar esses sentimentos que eu não entendo.

–Sim. - Ela sussurrou de olhos fechados, ela estava afita com esta confusão de sentimentos tanto quanto eu estava.

Era a única palavra que eu precisava ouvir. Ajudei-a ficar de pé e puxei a camisola sobre sua cabeça. Suas mãos passeavam pelo meu peito, estava somente com a toalha enrolada e ela pegou na dobra e desfez e a deixou cair em nossos pés.

– Pegue ali na cabeceira. — Eu havia deixado alguns preparativos entre eles os preservativos para usarmos.

– Prevenido e seguro de si sempre? - Ela pegou o pacote e rasgou.

– Não... Eu não sou... Eu podia ser seguro, mas agora eu não estou.

– Quando estou com você, eu não tenho certeza de mais nada. - Ela rebateu me deixando aflito ainda mais com a ideia deste envolvimento estar sendo mais forte.

Ela rolou a camisinha em mim, olhou-me sugestivamente.

Ela estava confusa também, isso era óbvio, estava insegura era tudo novo para ambos.

Joguei-a na cama. Esqueci-me completamente dos objetos que havia separado, eu somente a queria.

Eu me deitei sobre, acariciando seu corpo, eu estava sendo carinhoso e isso não era somente novo, como era de livre espontânea vontade que eu fazia, sem pressão.

– Nunca me senti assim antes. - Ela disse assim que eu estava entrando nela, continuei entrando e me movi levemente.

– Acha que está sendo diferente para mim, não acha? Não sabe o que está fazendo comigo e minha sanidade.

– Isso é bom ou ruim?

– Isso é o que vamos descobrir.

Ela começou a se mover mais rápido, segurei sua cintura levantando os quadris dela. Ela se apertou em torno de mim e eu escorreguei a mão entre nossos corpos, ela agarrou meus cabelos, estávamos ultrapassando a barreira de submisso e dominante, éramos um só corpo agora.

Maldição. Foda-se tudo!

Ela levantou mais os quadris enquanto eu estocava mais, senti meu próprio clímax chegando. Eu me enterrei tão fundo dentro dela e me mantive lá quando eu gozei tão forte tão intenso, e tão... Eu não tinha mais palavras para aquela sensação única.

Ela não se mexeu. Ela se manteve ali, e vi uma lágrima escorrer no canto de seus olhos.

A realidade se abateu, meu coração desacelerou. Eu deitei ao seu lado, e ela se aninhou em meu peito.

O que nós fizemos? Eu meditava sobre a situação.

O que eu tinha feito? Pois eu fui o responsável em ultrapassar esta barreira.

Aonde isso nos levaria? Nem mesmo eu sabia o que estaria ao final desta viagem.

E como avançaríamos a partir daqui? Eu não sabia o que na real queria, e nem ao menos o que eu desejava.

Eu não queria conversar ainda. Deixei que o sono dela chegasse.

Teríamos tempo de sobra, eu raciocinei. Eu teria que pensar sobre nós, sobre isso, mais tarde.

Mas, por agora, eu tinha que nos colocar de volta nos trilhos. Preparar-nos para o restante de nossa viagem, ela seria a viagem que me traria a realidade, a minha vitória sobre meus medos, e sobre quem eu sou, e o que eu quero para o meu futuro, ou nosso futuro se isso for além, mais a fundo.

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