01 julho 2013

CTM- Capítulo 39- Prêmio Pulitzer

CTM

Cap 39

Prêmio Pulitzer

POV Bella


Consegui chegar até meu celular, mas nada saía de minha boca eu sentia muita dor.

Edward ele tinha uma chave do apartamento, pois era para emergência, ele retornou rápido o bastante, mas eu sentia dores de mais para levantar do sofá que consegui sentar.

– Bella, vamos ao hospital agora.

Ele me carregou com custo, pois meu peso já não era o mesmo, chegamos ao hospital, o médico que me atendeu não era o meu médico, mas ele foi muito atencioso.

Eu estava somente com um pequeno problema, não era grave, somente meu peso aumentou demais e minha estrutura óssea não suportou tamanha mudança.

As dores nada mais eram que um protesto de meu corpo ao dia puxado horas de pé, e a minha menina estava enorme isso ela já era um bebê gordo.

Bem eu já estava vendo eu ia ser uma obesa.

– Edward eu vou ser uma mulher obesa!


– Não fale assim, é só a gravidez você inchou. – Ele sorriu e deu de ombros.

– Não, você só diz isso para eu me sentir melhor, mas eu terei de entrar em uma dieta enorme ou vou virar um balão!

– Jamais, já vi isso acontecer, a mulher fica bem gorda na gravidez e depois perdeu o peso.

– Viu você disse gorda e não inchada!

– Bella eu não te entendo quer que eu diga que está inchada ou gorda?

– Edward idiota não diga nada tudo bem?

–Mulheres o dia que eu entender o universo feminino eu posso ganhar um prêmio Pulitzer.

– Babaca!

Eu tinha que controlar minha fome, que por Deus! Era extravagante.

Mas eu me daria bem faltava pouco menos que dois meses para Anabelle finalmente vir ao mundo.

(***)

– Que saudades!

– Nem me fale, a Europa é linda, mas nada como a nossa terra.

– Sim claro né, mas soube que encontrou alguém por lá.

– Eliot? Ai menina foi tudo tão estranho eu já o conhecia, mas ao mesmo tempo foi como encontrar alguém novo.

Rose contava como foi encontrar Eliot e seu novo relacionamento com uma cara que ama viajar, pois meu ex cunhado ele era maníaco por isso, e seu trabalho era propício ele sempre estava em um lugar diferente.

Rose agora era uma das sócias, minoritárias, mas mesmo assim com muita autonomia na grande montadora que ela trabalha.

– Não pense Bella que só porque virei patroa eu não vá mexer na graxa!

– Sim como seu irmão dizia pôr literalmente a mão na graxa, e por falar nele, por onde ele anda?

– Jass, ai menina ele é outro maluco, está por aí agora ele resolveu por em prática seus sonhos.

– Katy está quieta.

– Todo mundo aí arrumando seu par e eu?

– Sim Katy para você sempre teremos muito chocolate e sorvete, no meu caso tem que ser light, pois tenho que perder tudo que ganhei.

– Bella, mas assim que essa boneca nascer vai-se tudo!

– Não é bem assim eu deveria ter engordado somente nove quilos, no máximo dez! Eu engordei quinze!

– Mas perde logo.

– Eu quero um namorado todo mundo tem.

– Katy pare de ser boba eu não tenho! – Disse sorrindo.

– Mas você tem a Aninha e o pai dela só não tem porque não quer e eu ninguém me ama ninguém me quer!

– Meninasssssss!

Jacob entrou no apartamento animado ao ver nossas amigas.

Ele trazia um bolo e José umas sacolas de coisas. Edward entrou atrás, e vi Mia segurando muitas caixas eram de comida, céus eu disse que não posso comer!

Jake Heyd estava ajudando com as coisas.

Depois de tudo no lugar eu vi Edward e Jake se retirando.

– Bem meninas isso é coisa de garotas eu já vou!

– Mas Jacob e José podem? - Katy falou.

– Derrrr cala a boca loira.

Todas nós olhamos para Jacob, e rimos meu cabelo estava um bagaço já, eu não pintava de escuro e nem fazia minha mexas por conta da gravidez então o cortei na altura do ombro e ele estava meio termo, no tom loiro natural dele, era meio escuro, Rose com seus impecáveis loiros em cachos bem feitos, e Katy nossa loirinha de sempre.

Rimos juntos da falta total de decoro dos dois.

Jake e Edward foram puxados por Jacob.

– Nem pensar, temos brincadeiras para o papai também.

– E eu não sou pai, então já vou! - Jake estava indo embora José o puxou novamente.

– Todos nós vamos brincar hoje, venha e fique.

Edward estava meio distante de mim, mas eu ia querer o que? Eu mesma pedi esta distância, mas estávamos começando o meu chá de bebê, quer dizer da Anabelle eu só era o instrumento das brincadeiras.

Quando percebi, eu já estava com a minha barriga toda pintada de batom, e aí quando era a vez de Edward entrar na brincadeira, estávamos os dois de rostos pintados, e fizeram Edward vestir enchimentos e fingir que estava com a barriga tão grande como a minha.

Rimos a tarde toda, foi o melhor dia que há anos eu não tinha.

Graças a minha pequena Aninha, ela me proporcionou isso, ela seria minha cara metade minha amiga, um pedaço de mim.

– Bella e ai qual é agora a de você e Edward?

Rose me perguntava enquanto em me sentava um pouco no meu quarto, os outros estavam arrumando a bagunça que fizemos na sala.

– Edward é o pai de Anabelle.

– Não estou falando disso, vocês tiveram uma história, maluca complicada e pior que eu só fui ficar sabendo pela boca de Eliot, isso por alto até eu voltar e me contarem e até agora não engoli tudo isso.

– Rose nem tente entender, essa minha história daria um belo filme.

– Ou livro.

– É daqueles bem dramáticos.

– Faz assim vende esta história lá na editora que trabalhava, eu te garanto que vai virar best- seller.

– Isso sim, se a maluca da Tânia com seu livro de submissa fez aquela editora faturar milhões há anos imagina essa.

– Bem, brincadeiras a parte, amiga sinto estar tão longe durante anos.

– Rose você tem sua vida.

–Mas amiga, a meu ver, você tem que rever essa decisão.

– Rose, olhe para mim, estou bem, nunca estive tão bem como estou agora.

– Está morando com dois homens gatos, só que são gays.

– Não me venha com essa, olha eu só vou ficar aqui até a Sophia nascer depois eu vou começar a procurar um apartamento para nós duas, e eu sei que estou fazendo a coisa certa.

– Porque pensa isso?

– Rose, eu vivi a minha vida sempre dependendo de algum homem, e lembra os anos da faculdade que maravilhosos, somente nós?

– Sim anos muito bons!

– Então, eu vivi com meu pai controlador, depois vivi tão bem com vocês, até eu resolver casar com Christian, em Oro Vale como Ana eu vive um tempo e logo já estava na casa de Edward.

– Entendo aonde quer chegar, você quer viver sozinha por um tempo. Quer se encontrar isso é cabível.

– Então, essa é minha situação eu quero descobrir quem eu realmente sou, e até Anabelle nascer e eu viver um tempo sendo simplesmente a Bella a Mãe de Sophia eu não vou saber quem realmente eu sou.

– Amiga, entendo isso e posso aceitar, mas e Edward?

– Estou pensando nele também, por mais que ele não entenda.

– Explique-se.

–Pense, Edward e eu nos conhecemos em meio a mentiras dos dois lados, depois tivemos toda esta conturbação, Edward acabou afogando as mágoas em bebida o que não foi bom, eu quase acabei com a vida dele.

– Não se culpe.

– Me culpo mil vezes, se eu não tivesse dito sim a Christian, mas sempre vai haver o e se... E depois e se eu tivesse feito as coisas de outra forma, e eu quero evitar isso.

– Como?

– Dando a ele a oportunidade de conhecer e conviver com essa Bella, eu a verdadeira, mas para isso eu tenho que a encontrar antes de tudo.

– Você tem medo de tudo que ele sente não ser verdadeiro.

– Eu sei que é, como sei que o que eu sinto é mais real que tudo, mas eu quero que se um dia ficarmos juntos isso venha naturalmente e tudo o que houve não passe de uma lembrança ruim ou de lembranças novas.

– Você está certa, esta sendo madura e ponderada. Neste momento o melhor que tem a fazer é ser assim, pois se pensar com o coração as coisas não vão dar certo.

– Contos de fada o feliz para sempre só existe nos livros.

– Eu sei disso, é o que sempre digo a Katy, mas amiga você vai ter seu final feliz.

– Rose na vida real não existe final, a cada dia estamos vivendo uma nova experiência.

– Isso é verdade.

– E por hora, meu final feliz está aqui.

– Essa boneca vai ser linda demais.

– Obrigada Rose.

– Agora tome um banho e descanse.

E foi o que eu fiz, entrei no chuveiro, senti água escorrer em meu corpo, que estava enorme, eu ainda tinha dúvidas se voltaria ao normal.

Retirei todos os desenhos que foram feitos, me deparei com o coração em vermelho e lembrei que fora Edward que o desenhou, ele ia ser um pai maravilhoso.

Coloquei um moletom e fui até a sala.

– Ué cadê todo mundo?

– Mia e Jake saíram primeiro depois de um tempo Rose disse que ia dormir na casa de Elliot, e Katy acho que está no banheiro. - Jacob falava enquanto sentava observando as imagens na câmera fotográfica.

– Edward, querida foi embora, ele mandou dizer que deixou um beijo. - José respondia a minha dúvida mental.

– Nem se despediu?

– Ele achou que estivesse dormindo não quis incomodar.

– É o que vou fazer, boa noite para vocês dois, Katy depois pode entrar e dormir lá no meu quarto, eu com certeza passarei mais uma noite sentada.

(***)

Algumas semanas.

– Katy ela já tem roupas demais.

– Não nunca é demais, ela é uma menina.

– Mas nem vai caber na cômoda dela.

– Bella logo você estará em seu apartamento, e aí faz um closet para ela. - Mia falava ajudando Katy a colocar as sacolas no carro.

– Um closet para um bebê? – Falei espantada.

Neste instante senti um estalo em meu ventre, e senti um líquido escorrer por minhas pernas.

– Meninas!

– Bella pare de reclamar e vamos temos mais lojas...

– Meninas é sério está na hora!

– O que?????

As duas gritaram juntas.

Em instantes eu estava no carro, e indo a caminho da maternidade.

– Temos que ligar para Edward ele quer ver o parto lembra?! - Mia falava.

– Ah não se ele estiver lá como vou aguentar, essa merda dói muito.

– Calma dizem que melhora na hora que o bebê nasce, - Kate falou.

– Sua idiota é claro, mas agora aiiiiii que merda de dor, porra eu nem imaginava que doía tanto.

Eu estava xingando a todo mundo, a enfermeira, o médico pela demora.

– Eu queria totalmente normal, mas desisto, me dá logo uma droga que pare com essa maldita dor.

–A senhora vai querer peridural? Se for o caso nós teremos que ter a autorização de alguém.

– Me de essa merda onde eu assino? Essa porra tá doendo muito!

– Pode deixar que eu assino. - Edward apareceu com aquele maldito sorriso bobo.

– Assina essa merda Edward que isso aqui é uma dor dos infernos.

– Tudo bem Bella está assinado. -Ele ria e a enfermeira o acompanhou ela logo saiu.

– Aonde ela vai? Cadê minha anestesia? Que merda estou sendo rasgada por dentro.

– Calma Bella, isso é normal acontece todo dia toda hora.

– Cala a boca até que eu levante dessa cama para te bater, que merda não é você que está sendo partido em dois!

A dor era intensa demais eu nem queria ninguém por perto Edward e aquela cara de bobo.

– Posso fazer o que por você? Estou de mãos atadas!

– Edward me faça um favor, que merda na hora de fazer o filho é gostoso, mas essa merda tinha que doer tanto? Que porra!

– Meu Deus nossa filha vai nascer aprendendo esse vocabulário? - O idiota ria.

– Edward faz um favor sai daqui, que merda.

Ele ia se retirando.

– Ei aonde vai?

– Ué me mandou sair!

– Que merda e vai me deixar sozinha.

Nisso a enfermeira entrou.

– Vamos mocinha ver se está na hora.

– O que vai fazer?

Ela levantava o lençol e minha camisola.

–Vou ver a dilatação

– O quê?

–Toque, vamos ver quanto tempo temos.

– Não na frente dele, que é isso, Edward saia agora!

– Você me disse que não queria ficar sozinha!

– Mas querida ele não é o pai? Ele não deve ver nada que não tenha visto.

– Não com uma enfermeira enfiando os dedos no lugar que tá doendo.

Edward saiu.

A enfermeira idiota fez o tal teste de toque idiota e nada ainda, mas que porra era aquela que dor dos infernos e ainda nada dela nascer!

– Anabelle, por favor, pare de brincadeiras eu estou com dor, nasça logo menina!

As horas foram se passando, e eu estava quase matando um, estava com fome, com dor.

Edward voltou com mais um café.

– Desalmado!

– O que foi?

– Eu aqui gemendo de dor e você com esse café!

Foi quando o doutor entrou, céus eu juro que se fosse aquela enfermeira novamente para um exame de toque, pela quarta vez eu matava ela!

– Senhorita Swan, eu tenho uma notícia!

Aquilo me fez até esquecer as dores, olhei para Edward firme ele veio e segurou em minha mão;

– Fala doutor.

– Sua dilatação não chega então receio que pelo tempo que sua bolsa está rompida, termos que retirar em uma cesariana.

Suspirei fundo.

– Olha e porque eu passei essa dor dos infernos?

– Bem vai ser meio que de risco e emergência.

Bem eu estava agora anestesiada deitada e nem sentia mexerem em mim, até que escutei um choro agudo e lindo, senti uma lágrima escorrer em meu rosto.

Vi Edward com a maior cara de bobo, até que me entregaram um bebê, fofo enorme, gordinho enrolado em um lençol verde e sujinho de sangue era ela minha linda Anabelle.

– Minha princesa Anabelle.

(***)

Já estava no quarto, eu não me cansava de olhar aquela menina, foi difícil amamentar. O parto dói muito, mas amamentar também não era fácil.

Edward estava dormindo na poltrona do lado quando o quarto foi invadido por todos, sem exceção Jacob , José , Katy Rose, Mia e até Jake.

– Cara acorde, viemos ver sua menina.

Edward deu um pulo da poltrona, e estava assustado com todos ali.

Era uma cena linda, todos meus amigos, todo mundo que amo, ali comigo.

– Bella seu pai ligou disse que vem te ver, mas ele não gosta de hospitais.

– Eu sei Jacob.

– Que menina linda, enorme, agora vi porque você estava gorda!

– Katy que indelicadeza.

– Ué Rose é a verdade agora ela emagrece!

Mesmo com todos falando Anabelle dormia em meu colo.

Edward disse que não era para ninguém pega-la, pois ainda era cedo, se ele era ciumento agora imagina na puberdade desta menina.

Depois de muita bagunça a enfermeira acabou com a festa, para alegria de Edward, que estava aliviado, mas quando ele ia sentar-se novamente, olhamos para porta.

– Olá Bella olá Edward. - Era Leila ela estava de mãos dadas com Christian e traziam um presente e flores nas mãos, olhei para Edward que estava trincando os seus dentes.

– Entre Christian e Leila.

Eu falei.


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